Dois estudos quebram as teses difundidas por setores da direita brasileira de que o Programa Bolsa Família ou ações similares de distribuição de renda afetam a geração de emprego formal e faz com que os beneficiários não busquem trabalho.
Um desses estudo foi publicado recentemente e é assinado por e foi conduzido por François Gerard, Joana Naritomi e Joana Silva. Com o título “Transferências de dinheiro e mercados de trabalho formais: Evidências do brasil”, o artigo estuda o impacto “em larga escala” do Bolsa Família” em mercados de trabalhos locais onde “tais preocupações podem ser particularmente fortes”.
Sim.Minha tese de doutorado,utilizando outra metodologia,tbm encontra efeito s/o emprego e sobre a massa salarial da base da distribuição,dado o efeito maior do programa s/setores de serviços.O efeito na desigualdade é tbm devido ao ajustamento endógeno do mercado de trabalho. https://t.co/Dxb9OUqNgs
— Débora Freire (@DeboraFreirec) October 9, 2021
Ao contrário de análises senso comum, o estudo aponta que o Bolsa Família proporciona aumento do emprego formal e, além disso, com efeitos “multiplicadores de transferências de dinheiro na economia local”, que se sobrepõe à possíveis “efeitos negativos” do programa na economia local.
O outro estudo trata-se de uma tese de doutorado defendida por Débora Freire onde os “resultados sugeriram que o PBF gera ganhos de renda para as classes que não são diretamente beneficiadas pelas transferências, pelos efeitos indiretos da política na geração de renda do trabalho e do capital” e “além de desconcentrar a renda proveniente de transferências do governo, o programa tem efeitos positivos sobre a desconcentração da renda do trabalho por seus efeitos de mudança na composição da produção setorial”.
O estudo um pode ser conferido aqui.
E o estudo dois pode ser acessado aqui.
Com informações da Revista Fórum.