O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), analisou, em encontro com a imprensa, nesta sexta-feira (29), os cenários relacionados às eleições para o Governo da Bahia e à Presidência da República em 2022.
Sobre o pleito local, o presidente nacional da sigla afirmou que a largada da candidatura dele será “muito forte”, tanto em número de partidos, quanto em tempo de televisão.
“Apoios políticos não serão problemas pra mim e nem pra Wagner, vamos partir com condição de disputa. Isso é um fato. As condições essenciais teremos. Daí em diante fica a decisão do eleitor”, afirmou.
Caso vença a disputa pelo Palácio de Ondina, ACM Neto disse que vai governar com qualquer presidente que o país venha a escolher.
“Estou convencido de que o processo de escolha do governador será local. Tenho tranquilidade de afirmar que vou governar com qualquer presidente que o país vier a escolher. Eu governei com 2 governadores do PT e três presidentes da República – Dilma, Temer e Bolsonaro”, enfatizou.
Sobre o nome a ser escolhido para ser o vice dele na chapa, ACM Neto ressaltou que já possui pelo menos um perfil, mas este não poderia ser divulgado no momento. A definição da escolha do nome deve ser feita, segundo ele, entre março e abril do ano que vem.
“Levamos em consideração o que as pessoas podem agregar, mas também tem o componente político. Nomes ainda serão avaliados. As nossas três eleições vitoriosas tiveram os vices na última hora. Célia Sacramento, Bruno Reis e por último Ana Paula [Matos]. Célia e Ana Paula foram dois nomes de fora da política. Quando vai isso ser trazido? Não sei”, tergiversou.
Na ocasião, ele negou ter feito qualquer tipo de contato recente com o ministro da Cidadania, João Roma, cuja relação ficou estremecida após a decisão do Republicano em assumir a pasta no governo Bolsonaro, contrariando a orientação de Neto.
“Efetivamente não tenho mantido contanto com João Roma, depois que ele foi escolhido ministro e assumiu o ministério. Eu estou tocando minha vida aqui e ele a dele lá. Sobre o futuro, aí eu não sei”, contou.
Governo Federal
Com relação às eleições para a Presidência da República, o presidente nacional do DEM reforçou a preferência pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), em detrimento ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB) – ambos estão em disputa nas prévias internas do partido.
Para Neto, o gaúcho tem mais agregação política, sendo um perfil que pode animar muito mais do que o gestor paulista.
“A dificuldade com Doria vem do perfil dele. Eu sempre tive uma relação muito boa com ele, desde antes dele entrar na política. Nunca houve problema, mas sim divergência política que hoje, talvez com o união do tamanho que está, ele pudesse rever o que fez no passado”, disse.
“Ele impôs uma situação ao vice-governador de SP que eu não podia aceitar naquele momento. Não vamos deixar de conversar com o PSDB se ele for escolhido, mas eu acho que o perfil dele não é o ideial para o presidente da República”, completou.
Na oportunidade, o secretário-geral do novo partido União Brasil também falou sobre a relação com Ciro Gomes e o PDT. “Tenho relação com Ciro muito boa, de construção histórica de muitos anos. Fiz lembrança de 2002, meu voto foi pra ele. Dialogo sobre questões do Brasil como dialogo com várias figuras”, pontuou ACM Neto. Com informações do Muita Informação.