Em participação na Brado Rádio, nesta quarta-feira (24), o deputado estadual Capitão Alden, diretamente do Rio Grande do Norte, trouxe novos desdobramentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que acontece na Assembleia Legislativa potiguar e que investiga a compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste.
De acordo com o parlamentar, a CPI não investiga todos as irregularidades do Consórcio no período da pandemia. No Rio Grande do Norte, segundo o deputado, a apuração foca nos desvios das compras feitas com a Hempcare, e que trouxeram prejuízo aos cofres públicos de quase R$ 50 milhões.
“A ideia de levarmos a CPI para a Bahia é para darmos continuidade às investigações que foram feitas no Rio Grande do Norte. Não nos esqueçamos que temos mais de 180 milhões de reais que foram pagos antecipadamente para comprar de 1879 respiradores que não chegaram a ser entregues na Bahia e a nenhum estado nordestino. Um escândalo que pode chegar a mais de R$ 200 milhões”, explica Capitão Alden.
O deputado ainda indicou que teve acesso a informações que comprovam o escândalo e que agentes públicos baianos estão envolvidos. Alden salientou que a CPI não tem vertente política, mas que busca respostas que ainda não foram dadas à sociedade.
“Não se trata de falácia, não se trata de ser bolsonarista ou não. Tem documento, transações, provas robustas que comprovam que houve participação de agentes públicos, inclusive de alto escalão. Inclusive uma pessoa importantíssima do cenário baiano participou das negociações, falando quando deveria receber, quanto deveria repassar… Está muito clara a participação de agentes públicos. Não há dúvidas que haverá indiciamento. O relatório do TCE-BA já apontou diversas irregularidades. Não são erro grosseiros. Foram contratos forjados, adulterados no sentido de facilitar a corrupção no âmbito dos estados”, completou.
No dia 16 de dezembro será apresentado o relatório final e, segundo o deputado, indiciando agentes públicos e pessoas ligadas ao Consorcio Nordeste por conta dos desvios que foram identificados pela Comissão. As informações são de assessoria.