Centenas de balsas de garimpo ilegal invadiram o rio Madeira, nas proximidades de Manaus, em busca de ouro. De acordo com o portal A Crítica, as embarcações estão descendo o rio atrás de ouro há pelo menos duas semanas e nesta terça-feira (23) chegaram a Autazes, penúltima cidade antes da foz do rio, que deságua no Amazonas.
Segundo denúncias de ativistas, são 600 balsas que, neste momento estão destruindo o Rio Madeira. As dragas, que sugam o leito do rio em busca do minério, estão próximas da comunidade Rosarinho, próximo do limite com o município de Nova Olinda e a apenas 120 quilômetros em linha reta da capital Manaus.
Tudo isso é BALSA pra GARIMPAR.
São mais de 600, prontas pra entrar numa terra indígena no Amazonas.
Os criminosos estão jogando sem marcação. pic.twitter.com/qeppwEOvmW
— O FISCAL do IBAMA 🌎 (@fiscaldoibama) November 24, 2021
A prefeitura de Autazes notificou o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e acionou a Marinha, a Polícia Federal e o Ministério do Meio Ambiente.
“Não podemos permitir que essa atividade que é ilegal coloque em risco a vida dos moradores do Rosarinho e, consequentemente, de toda a região. Os ribeirinhos e comunitários solicitaram que a prefeitura os ajudasse a preservar o rio, os peixes e o seu trabalho”, declarou, por meio de uma nota, o prefeito de Autazes Anderson Cavalcante (PSC).
Cerca de 600 balsas de garimpeiros ilegais estão destruindo o Rio Madeira agora. Isso pertinho de duas Terras Indígenas do povo Mura. Atualmente somos apenas 300 agentes de fiscalização disponíveis para atuar em TODO o país. Esse é o tamanho do buraco que estamos enfiados. pic.twitter.com/gqqJwkrM43
— AAF Wallace Lopes (@wallacerrlopes) November 24, 2021
O Ipaam confirmou que tomou conhecimento das denúncias sobre a movimentação de balsas de garimpo na região e afirmou “que será feito um diagnóstico apurando a real situação no local.
Além disso, o Ipaam também atentou para o fato de que em situações como essa, pode haver outras possíveis ilegalidades: mão de obra escrava, tráfico e contrabando. O Ibama também foi acionado, mas até agora, segundo denúncias, não se manifestou sobre a presença das balsas. Redação da Revista Fórum com informações do portal A Crítica.