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#Bahia: Em dia da baiana de acarajé, contador de história fala sobre o surgimento do quitute

A comercialização do acarajé começou no período da escravidão | FOTO: Montagem do JC/Divulgação |

O dia nacional da baiana de acarajé é comemorado nesta quinta-feira (25) e com isso, o contador de história baiano, Ivan Mesquita, fez um vídeo contanto a história do quitute, que é uma das mais tradicionais especiarias populares do país e carrega uma história cultural.

O acarajé, que significa bolo de fogo, é difundido no candomblé e ofertado para a orixá Iansã. Segundo a narrativa contada pelo historiador, a deusa dos ventos e das tempestades foi à casa de Ifá, oráculo africano, buscar um alimento para o seu marido.

Ifá então pediu para que quando Xangô, marido de Iansã, comesse o alimento, falasse para o povo. Desconfiada, Iansã provou antes de entregar o alimento ao marido e nada aconteceu. Ela entregou o preparado a Xangô em seguida.

Quando Xangô, após comer, estava falando ao povo, conta a história, que começaram a sair labaredas de fogo da sua boca. Aflita com o ocorrido, Iansã correu para ajudá-lo, começando também a ter labaredas de fogo saindo da sua boca. Diante disso, o povo começou a saudá-los de grandes reis de Oyó, ou seja, grandes reis do fogo”.

A comercialização do acarajé começou no período da escravidão e foi se tornando uma fonte de renda para os terreiros. O acarajé era considerado um alimento bom para as crianças e idosos doentes ou com anemia, porque fortalecia e fazia melhorar. Em contrapartida, o seu consumo era restrito a negros, escravos e livres.

As baianas se dedicam à produção e venda da iguaria típica da culinária afro-brasileira. Elas são consideradas, desde 2004, Patrimônio da Humanidade pelo Instituto do Patrimônio e Artístico Nacional (IPHAN). Além deste título, em 2012, as baianas ainda foram reconhecidas como Patrimônio Imaterial da Bahia e Patrimônio Cultural de Salvador. Jornal da Chapada com informações de Fundação Cultural Palmares.

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