A França tem registrado um aumento de casos de covid-19. No sábado (25), foi atingida a marca, sem precedentes, de 100 mil novas infecções no intervalo de 24 horas. Esse alto índice fez com que novas medidas de restrições fossem anunciadas, na segunda-feira (27), pelo governo de Emmanuel Macron, após terem sido aprovadas em reunião do Conselho de Ministros.
Dentre as medidas, há a mudança das regras do passaporte sanitário. O certificado para estabelecimentos, transportes e outros locais públicos, obrigatório desde agosto do ano passado, agora será válido apenas para pessoas que estão totalmente vacinadas. Agora, apenas um teste negativo recente não será suficiente.
Na próxima semana haverá a limitação de, no máximo, 2 mil pessoas em ambientes fechados e 5 mil pessoas ao ar livre. Shows com público de pé serão proibidos e consumo de alimentos e bebidas em cinemas, teatros, instalações esportivas e transportes públicos também serão proibidos.
Além disso, os franceses deverão trabalhar remotamente, ao menos, três dias por semana, quando possível. Também serão exigidas máscaras em locais abertos em algumas cidades, medida já imposta na região de Savoie, nos Alpes franceses, e em outros países europeus.
O passe sanitário será também transformado em um passe de vacinação, com calendário atualizado. A exigência deverá entrar em vigor na semana de 10 de janeiro, após a aprovação do Parlamento, que será acompanhada por medidas adicionais.
Vacinação
Na França, a vacinação continua sendo o centro da estratégia. Com isso, a dose de reforço poderá ser adiantada, com um intervalo de apenas três meses em relação à segunda dose. Até agora, cerca de 22 milhões de pessoas entre as 40 milhões elegíveis receberam a terceira dose. O país conta com 76,5% da sua população totalmente vacinada.
Toque de recolher e retorno das escolas
Medidas de toque de recolher foram rejeitadas pelo governo, apesar das novas restrições. As crianças também irão retornar as escolas, como planejado, no dia 3 de janeiro. Jornal da Chapada com informações de O Globo.