Dando continuidade ao monitoramento meteorológico dos municípios atingidos pelas fortes chuvas de dezembro, a Sala de Situação do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) detectou a possibilidade do retorno de chuvas intensas na região do Centro-oeste baiano, neste final de semana.
As condições de tempo se manterão instáveis em toda a região. A combinação de um vórtice ciclônico em altos níveis localizado no oceano e a convergência de umidade oriunda da Amazônia proporcionam uma maior convecção de umidade em superfície, favorecendo assim a formação de nuvens denominadas cumulonimbus, que são aquelas de grande desenvolvimento vertical e que são capazes a faixa de 08 km de altitude, podendo provocar descargas elétricas e trovoadas.
Sendo assim, o tempo deverá ficar chuvoso no setor centro-oeste com chuvas de intensidade fraca a forte pelos próximos três dias, a contar da data de hoje (7 de janeiro de 2022). Tais informações servem de alerta para os municípios da região acionarem as defesas civis estadual e municipais para adoção das medidas de segurança para a população.
Vistorias Técnicas
Desde dezembro do ano passado, a Sema e o Inema, em conjunto com os órgãos de Proteção e de Defesa Civil, tanto estadual quanto municipal, iniciaram uma operação de fiscalização específica para monitoramento e avaliação de barragens objeto de denúncias e em municípios listados nos alertas meteorológicos do Instituto.
Foram realizadas, ainda em dezembro, mais de 50 vistorias técnicas nas barragens e/ou açudes das regiões Sul, Extremo-Sul e Sudoeste. Durante as ações, foram identificados barramentos de terra (pequeno porte) em situação crítica, com níveis do reservatório no limite ou até mesmo em galgamento (transbordamento), além de problemas estruturais e de manutenção.
Neste momento, com a previsão de fortes chuvas para o centro-oeste, a Sema e o Inema têm mobilizado as equipes técnicas, preferencialmente, para a região, a fim de verificar a possível existência de barragens que figuram no espaço da clandestinidade. Segundo o meteorologista Mauro Bernasconi, “já havia incidência de chuvas fortes no Centro-oeste desde o início de dezembro, mesmo se tratando de uma região que sofre impactos diferenciados, se comparado com a região Sul, decorrente dos seus solos e rios”, explicou. Com informações de assessoria.