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#Artigo: As relações de gênero e cultura do sexismo na sociedade têm suas implicações na educação física escolar

| FOTO: Divulgação |

Por Milena Silva Menezes*

Atualmente, ainda notamos muitos casos de sexismo, de discriminação, de preconceitos girando em torno do gênero, e isso é um assunto importante a ser debatido, por ser algo cultural, que vem desde a pré história até os dias atuais, mostrando a posição de superioridade que a sociedade sempre colocou o homem, o enxergando como capaz, forte, e possível de realizar qualquer atividade; paralelamente, enxergam as mulheres como sensiveis, incapazes de realizar atividades que exigam força, as colocando desde muito tempo em uma posição visada como sensível, pronta apenas para atividades que direcionem a afazeres de casa, familiares e quando se trata de jogos, de esportes, nada que exija tanto esforço delas.

A partir disso foi possível realizar estudos que trouxessem um pouco sobre o movimento feminista, desde o seu surgimento até os resultados adquiridos por ações das mulheres que colocasem em questão a importância dos debates, dos eventos, de ações que pudessem fazer a sociedade compreender a importância da igualdade, do respeito. Nesse tocante é importante ressaltar sobre essas relações de gênero no âmbito escolar, como elemento fundamental principalmente nas aulas práticas de Educação Física, por ser uma disciplina ampla, que ambrange esportes que se não estiver posicionamento de um profissional qualificado, e que obtenha conhecimentos suficientes para quebrar os estereótipos criados pela sociedade, inclusive pelos familiares, gerará violência verbal, física, não tornando as aulas tão proveitosas como o esperado.

Investigação da interação dos alunos em atividades pedagógicas
O presente projeto justifica-se da necessidade de se investigar como se manifestam a interação e a participação dos alunos e alunas durante as atividades pedagógicas desenvolvidas nas aulas de Educação Física, esta entendida como uma área de conhecimento que, na educação escolar, deve apresentar-se com finalidades bem definidas, podendo-se destacar o seu comprometimento em promover uma evolução nos aspectos da vida social, bem como, na saúde e, consequentemente, no desenvolvimento físico e mental dos alunos e alunas. Nisso, entende-se como necessária a realização de uma entrevista, considerando que tal procedimento ajudará na compreensão da visão e da opinião dos docentes e dos discentes, partícipes das aulas de Educação Física.

A proposta é que essa pesquisa seja realizada na Escola Municipal de Tempo Integral São Roque, na cidade de Itaberaba-BA, com os professores e alunos de 4° e 5° anos da Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Ao pensar em realizar atividades para meninos e meninas, mesmo que se espere um processo educativo incerto, por causa da questão das relações de gênero e de uma cultura que nomeiam determinadas práticas como próprias e outras como impróprias, para cada sexo, é fundamental e importante explorar a cultura corporal voltada para a interação de ambos, destacando elementos educativos, como a cooperação, em busca da evolução de um ser humano e de um(a) cidadão/cidadã consciente e reconhecedor(a) de seus direitos enquanto indivíduo humano.

Assim, a problemática desse projeto gira em torno da importância de enfrentar as discriminações e exclusões que meninos e meninas são submetidos pelas pré-determinações culturais e sobre sua composição bio-fisiológica. Nisso, é necessário propor a igualdade de acesso e a equidade nas relações, sejam elas de gênero, de etnia, de classe, de necessidades especiais, entre outras. Nas aulas de Educação Física há a exclusão das meninas pelos meninos as considerarem fracas e com menos habilidades, criando uma impossibilidade de interação, de socialização, gerando conflitos e discriminações (CAMPOS et al, 2008). Por isso é notório o meio esportivo sendo mais direcionado aos meninos, colocando em contrapartida, o vínculo que os meninos possuem com o esporte e como a cultura destaca isso, por eles serem mais fortes, pela busca de alimentos, pela defesa da família e as práticas menos ativas, com menos movimentos corporais, ficando para as meninas, as considerando sensíveis e delicadas demais para lidar com determinadas situações. Nesse tocante, diante das questões mencionadas, ainda é possível identificar que, nas aulas de Educação Física, tais práticas se perpetuam, evidenciando a ocorrência da separação de atividades, tendo em vista qual a melhor atividade para determinado sexo e isso, do ponto de vista teórico, acaba prejudicando as meninas, atrasando o desenvolvimento de suas habilidades motoras (SILVA; FARIA; LINS, 2015).

Considerando a afirmação acima, vale ressaltar um estudo produzido por Nascimento et al (2013), em que os referidos estudiosos revelaram que os meninos relutam em participar das aulas de ginástica, preferindo os esportes, como o futebol e o futsal, por acreditarem que não se trata de uma modalidade masculina. Assim, a partir do estudo, esses autores informaram que os meninos são preconceituosos e acham que a ginástica é prática pertinente somente para mulheres. Logo, segundo o estudo, eles resistiam em aceitar o conteúdo e não participavam das aulas. Embora o professor perceba isso, por se encontrar numa condição de impotência, prefere orientar as meninas nessas atividades e não exigem mudança de postura dos meninos, muitas vezes para evitar conflitos.

Num estudo mais recente, produzido por Santos (2016), este autor mencionou que é importante ressaltar o papel do docente para as relações de gênero e o uso da ludicidade, onde ele consiga trabalhar a igualdade de gênero, não distinguindo o que é de menino e o que é de menina. Assim, nota-se o desenvolvimento humano através da interação, onde a criança consegue reconstruir mentalmente e internamente, uma atividade externa. Para este autor, as crianças conseguem expressar do que brincar, jogar e com quem; é através dos jogos e brincadeiras que há a troca de experiências; é quando a criança pode melhor usufruir da sua criatividade e imaginação; é onde eles conseguem constituir suas identidades, construir uma imagem de si e dos outros como meninos e meninas.

Revisão de literatura
Em relação aos termos gênero e sexo, será que eles possuem significados diferentes? Ou será que ambos são a mesma coisa? Acredita-se que seria inócuo precipitar qualquer tipo de conclusão sobre essa questão. No tocante às questões biológicas, é importante ressaltar as contribuições de Tanrikulu (2017), quando este autor afirma que a partir da terceira semana de gestação já é possível identificar o sexo do indivíduo, observando-se suas genitálias, tornando-se a premissa para que os sujeitos tenham comportamentos de acordo com o seu sexo biológico, evidenciando-se a sujeição dos indivíduos às diversas representações impostas pela sociedade (TANRIKULU, 2017).

Assim, com base na literatura, o termo gênero é algo que transcende o biológico e refere-se ao pertencimento de um indivíduo a determinado grupo; uma categoria. São os comportamentos, as características e pensamentos que ratificam o gênero como uma produção humana e cultural; uma construção social, tal como mencionado por Oka e Laurenti (2018). As expressões, como: “isso não é coisa de mulher” e “isso não é coisa de homem” ou “rosa é pra mulher e azul para homem”, mostram que ser homem, ou mulher, é algo que vai além das genitálias; está mais associado às regras sociais e padrões de gênero (OKA; LAURENTI, 2018).

Logo, tal como já evidenciou Carloto (2001), o gênero é aquilo que os indivíduos são e que se constrói a partir das relações com outros indivíduos e com a sua realidade social, culminando, dessa forma, numa identidade pessoal e num projeto de vida. Logo, quando se fala em gênero, isso está diretamente ligado a questões sociais, tornando-se, assim, algo desigual, ao separar as responsabilidades de cada grupo, sendo que essas separações estão relacionadas às questões sexistas, classistas e racistas.

Tendo isso, entende-se que a construção dos estereótipos de gênero está relacionada com o comportamento dos indivíduos em ações do cotidiano. São as ideias, as opiniões do dia a dia, os pensamentos enraizados e naturalizados, aceitos e vistos com bons olhos e que, normalmente, são filtrados e apresentados, inclusive, através da mídia, de forma mais significativa, e, dessa forma, esses veículos trabalham incessantemente para a desconstrução ou construção de rótulos, definindo, dessa forma, os padrões comportamentais dos indivíduos. Logo, quem não coaduna com essas questões, é considerado estranho e/ou diferente (JAKUBASZKO, 2015).

Considerando as questões supracitadas, sobretudo a influência dos ditames que definiram os rumos da história humana, quando se fala em sexismo, não é nenhuma surpresa pensa-se o referido termo e associá-lo a uma ação preconceituosa, discriminatória. Segundo Ribeiro e Pataro (2015), de fato o é, estando intimamente relacionado com os estereótipos de gênero construídos historicamente. O sexismo, para o referido teórico, refere-se a atitudes que menosprezam e inferiorizam as mulheres, por meio de algumas ideias, muitas vezes influenciadas por ideias dominadoras, que coloca o homem como uma figura dominante perante a mulher.

No tocante a essa questão, Filho, Eufrásio e Batista (2011) definiram o sexismo como fruto de representações distorcidas da mulher, a partir de avaliações negativas e depreciativas. Os referidos teóricos complementaram que essa forma discriminatória pode se manifestar a partir de diferentes concepções, seja sob a forma institucional, ou interpessoal, mas sempre com um único propósito: garantir a legitimidade das diferenças de gênero e a desvalorização do sexo feminino.

Ao tratar da questão sobre gênero na escola, emerge os seguintes questionamentos que, certamente, nortearão as discussões que se pretende abordar nos tópicos a seguir: Será que a sociedade se reconhece enquanto produtora das desigualdades de gênero? Por que é importante discutir sobre as relações de gênero no âmbito escolar?

Na tentativa de responder ao primeiro questionamento, é sabido que a sociedade é estruturada de forma desigual e, com o desenvolvimento da modernidade e do modo de produção capitalista, é notório o quanto sua dinâmica está focada na competitividade, na exploração e, principalmente, na exclusão dos indivíduos. Não obstante, essas características também se evidenciam nas relações de gênero, em que meninas e meninos compartilham de uma mesma visão androcêntrica de mundo, ao considerarem que o a sociedade encontra-se hierarquicamente organizada a favor do homem, que o universo está centrado em indivíduos do sexo masculino e que o homem é único apto a governar, determinar leis e estabelecer justiça na Terra.

É nessas circunstâncias que se identificam os primeiros indícios da desigualdade de gênero na sociedade (ALMEIDA, 2016), desde a infância, e tais fenômenos evidenciam a construção dos papéis de gênero e a constituição das identidades masculinas e femininas. No tocante ao segundo questionamento, é importante ressaltar a existência de diferentes sujeitos e culturas no ambiente escolar, o que reforça a necessidade de se debater sobre a exclusão diante dessas diferenças socioculturais. Ao se falar de gênero, é algo que diz respeito às questões de significação a respeito do corpo e dos comportamentos em si. Assim, ser homem ou mulher é algo que emerge a partir da identificação, de como o indivíduo quer andar, falar, ou o que quer usar. Pensando por esse lado, se faz importante a conscientização para a desconstrução e o enfrentamento de atitudes sexistas, misóginas e homofóbicas na escola (BORTOLINI, 2011).

Lopes (2019) entende que é por meio da educação escolar, que os discentes se apropriam das diversas formas de culturas e compreendem os significados em torno do que é socialmente construído por masculino e feminino, pois, para este estudioso, as crianças não escolhem as cores que querem utilizar, a não ser quando isso lhes é incutido e quando são direcionadas, através da repreensão, acerca de qual cor devem escolher. Tanto na educação informal, que é em casa, quanto na educação formal, na escola, os seres humanos, homens e mulheres, são orientados a seguirem normas e padrões culturais. Com isso, ao contrariar essas questões, Lopes (2019) afirma que o papel central da escola deveria ser o romper com essa “predestinação” imposta pela sociedade e preocupa-se em formar seres humanos livres de preconceitos e estereótipos (LOPES, 2019).

No ambiente escolar, desde o início, começaram a produzir as distinções e fomentar as desigualdades, quando a escola separava os indivíduos através de classificações e hierarquização. Sendo um espaço educacional, a escola acabou por produzir e reproduz ações que classificam e segregam os alunos. Assim, quando há uma associação a um esporte, de acordo com o sexo, observa-se questões de força e sensibilidade, como por exemplo, interligam o boxe aos homens e a ginástica para as mulheres, evidenciando-se, dessa forma, o preconceito. Portanto, a tentativa, o processo pela autonomia social e inclusão da mulher no meio esportivo tem sido bem conturbado em que se tem travado grandes barreiras e enfrentado muitas dificuldades.

No tocante ao âmbito da Educação Física, as questões de gênero se manifestam nas discriminações que os próprios estudantes se impõem. Assim, para Moreira e Soares (2011), os meninos acham que as meninas não possuem habilidades suficientes para competir, que não jogam, porque são frágeis e, quando participam bem e se destacam, são comparadas com os meninos e têm a sua identidade de gênero posta em contradição, afinal de contas, segundo os valores impostos pela sociedade, não é um atributo das meninas se destacarem perante os meninos. Esses valores estão tão impregnados na consciência dos indivíduos, que as meninas são capazes de perceber essa discriminação, mas sentem-se obrigadas a aceitarem, pois foram “educadas” a entenderem que são consideradas incapazes de usufruírem das modalidades esportivas, porque não possuem pré-disposição para a prática, por não possuírem habilidades, por não conhecerem as regras e porque são sensíveis (MOREIRA; SOARES, 2011).

Apesar disso, a Educação Física, enquanto área de conhecimento (BETTI, 1998) e componente curricular imprescindível na educação escolar (DARIDO, 2003), tem a função social de inserir os indivíduos no mundo da cultura, ao explorar, de forma mais ampla, as manifestações corporais, que visam possibilitar aos discentes o desenvolvimento da consciência crítica e, consequentemente, fazer usufruto de sua autonomia. Tendo em vista o esporte, como um dos elementos da cultura corporal, nas aulas de Educação Física, não obstante, os trabalhos desenvolvidos pelos professores, geralmente têm o seu foco na competição, o que, na perspectiva das relações de gênero, colaboram para evidenciar as segregações entre os sexos, em que se percebe, com veemência, esse processo de exclusão.

De acordo com estudiosos, como Santos e Souza (2015), as meninas, consideradas frágeis, geralmente não participam, restando aos meninos uma participação mais efetiva, uma vez que, para o senso comum, são indivíduos com a devida aptidão para essas práticas. É analisado o fato de que os meninos, desde o início da vida, já são motivados a correr, a subir em árvores, a escalar muros, a jogar bola, enquanto que, em relação às meninas, são direcionadas outras atividades, com as brincadeiras com boneca, com utensílios domésticos, faltando o encorajamento para vivências que envolvam um maior grau de movimentos corporais (SANTOS; SOUZA, 2015).

Ao que tudo indica, essas práticas são naturalizadas pelos indivíduos, evidenciando-se uma resistência a não aceitação “do diferente”, impossibilitando, dessa forma, o conhecimento múltiplo, não superando os estereótipos que já foram instituídos ao longo do tempo. Ao tratar dessa questão, faz-se importante trazer à luz as práticas retrógradas que se perpetuam nas aulas de Educação Física, principalmente nas atividades esportivas, onde colocam-se sempre a ênfase nos valores e normas masculinas, reafirmando o estereotipo do “sexo forte” em detrimento do “sexo frágil”, limitando-se as mulheres de fazerem usufruto dos conhecimentos que propõe a Educação Física. Quando se aborda sobre “sexo forte e frágil”, é importante ressaltar a necessidade do suporte pedagógico, para que ocorram diálogos que ajudem os meninos, destacando que eles não são obrigados a gostar de futebol, como se fosse uma obrigação imposta pela sociedade (COSTA, DA SILVA, 2002).

Dessa forma, observa-se que a escola acaba por apresentar contradições, quando, em vez de possibilitar a superação desses valores alienantes, torna-se o espaço reprodutor dessas práticas segregadoras. Isso se evidencia em situações mais simples do cotidiano escolar, como os modelos dos uniformes, as linguagens que são utilizadas nos esportes, que apresentam estereótipo masculino, excluindo as meninas das práticas esportivas. É importante sinalizar que essa exclusão também alcança homens que não possuem o estereótipo de masculinidade concebido pela sociedade, o que acaba influenciando na forma em que os jogadores se tratam.

Nesse sentido, de acordo com Santos e Souza (2015), acredita-se que a Educação Física seja uma das melhores disciplinas escolares para se trabalhar a educação sexual na escola, sobretudo por ser um campo voltado para o universo das práticas corporais, tendo em vista as questões voltadas para a consciência corporal dos indivíduos, cujo domínio do corpo pode ser considerado uma das proposituras, com vistas à desconstrução desses valores estereotipados e historicamente reafirmados pela sociedade.

Discriminações e preconceitos existentes na sociedade
No decorrer desse estudo foi analisado sobre as discriminações e preconceitos existentes na sociedade desde a pré-história até os dias atuais, analisando o processo de evolução de cada época, apresentando como as mulheres eram vistas tanto no âmbito social quanto nos esportes. Diante disso, foi preciso compreender o conceito de gênero, sexo e os estereótipos de gênero, para que, assim, fosse possível adentrar nas discussões acerca da problemática do sexismo, que se evidencia na sociedade e são reproduzidas nas escolas, principalmente nas aulas de Educação Física.

Em seguida, a pesquisa tratou a respeito do movimento feminista, da luta que as mulheres tiveram que se prestar para conseguirem ser ouvidas, para terem seus direitos, e serem respeitadas como devem, assim, num segundo momento a pesquisa identificou a importância do âmbito escolar para que possa ser formado seres críticos, respeitosos, que compreendem a importância da igualdade, as violências verbais e físicas que ocorrem por causa de uma visão estereotipada, cultural, que visa a superioridade ao homem, e a exclusão às mulheres e os demais gêneros.

Portanto, o papel da escola e da Educação Física escolar é contribuir para que os homens e mulheres enxerguem as inúmeras possibilidades pessoais que há em sua frente, sendo que as atividades não sejam realizadas somente pelo gênero que possuem, ultrapassando os limites impostos pela sociedade. E quando se trata de discriminação com meninas nas escolas, é importante os docentes se atentarem a algumas atitudes como não falar ou escrever no masculino, quando a referência for o sexo feminino, incentivar a participação das meninas nos jogos para o aumento de sua autoestima, considerar a opinião feminina, levantar polêmicas em que os meninos diminuem as meninas, para que ocorra uma debate e eles entenderam a relevância do papel feminino (COSTA, DA SILVA, 2002).

É importante sempre questionar palavras e ações que se identifica como naturais, mas que são construções sociais de épocas passadas; trabalhar as questões sobre igualdade, salientando a importância de uma educação igualitária, sempre com as participação de todos da escola, tornando o projeto mais eficaz; e sempre lembrar aos discentes a importância do seu local de fala, da criticidade, da autonomia, da independência, da necessidade deles seguirem as suas preferências independente do que os demais vão achar.

Por isso, é essencial a intervenção pedagógica do professor, para descontruir isso e minimizar essa polêmica em sala de aula, incentivando e ajudando para que ocorra as atividades corporais, onde irá desenvolver a solidariedade, melhorando assim a construção social, a tolerância de ambos os sexos, porque se por acaso, não houver a palavra do docente, acabará tendo a separação da turma, onde irá apenas contribuir para que eles achem isso normal (DE JESUS, DEVIDE, 2006).

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*Milena Silva Menezes é estudante de Educação Física da Faculdade Ages de Jacobina.

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