A comunidade do Vale do Capão, em Palmeiras, na Chapada Diamantina, realizou um protesto na segunda-feira (28), na porta da escola de Caeté-Açu, contra o adiamento do início do ano letivo de 2022, que estava previsto para começar ontem. Segundo populares, a prefeitura adiou o retorno por conta de obras, contudo, pais, alunos e professores questionam a não realização dessas obras com antecedência.
Desde março de 2020, os alunos estão sem aulas presenciais na rede de ensino do município de Palmeiras. Além dos 330 alunos matriculados na escola, a decisão prejudica ainda mais de mil estudantes das outras 11 unidades escolares municipais. A nova data prevista para o retorno das aulas é no dia 14 de março.
Durante manifestação que seguiu em passeata até a Vila, populares questionavam os R$ 300 mil, visto que foi destinado o orçamento de R$ 322 mil para a reforma da escola. Com planilhas orçamentárias do processo licitatório em mãos, eles perguntavam se a obra consumiu os R$ 62 mil previstos na revisão do telhado de 600m2, R$ 31,8 mil para a implantação de gradios e R$ 15 mil para a troca de janelas.
“É decepcionante. A gente sempre ouvia que o problema era a falta de verba, mas agora que tem dinheiro não aconteceu nem metade do que estava previsto. Tem vidros quebrados, buracos na tela da quadra, enfim, o que fizeram aqui foi uma maquiagem”, criticou Jucimara Santos Costa, mãe de um aluno, ao Portal Vale do Capão.
Conforme a comunidade, ainda falta a realização de obras na quadra, construção de um pátio interno arejado e iluminado, a revisão elétrica e hidráulica, instalação de pias externas e uma arrumação final da unidade escolar.
Vereadores locais, como Giba (PT) e Kléber (PCdoB) ainda pontuam que as irregularidades se replicam em outras reformas de unidades escolares do município de Palmeiras. Eles apontam, ao portal do Vale do Capão, indícios de superfaturamento e desvio de finalidade em contratos. Jornal da Chapada com informações de texto base do Portal Vale do Capão.