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#Chapada: Nascido em Brota de Macaúbas, geógrafo Milton Santos se torna nome de uma das principais avenidas de Salvador

Milton Santos | FOTO: Divulgação |

O geógrafo considerado o ‘Nobel de Geografia, Milton Santos, nascido no município chapadeiro de Brotas de Macaúbas, se tornou nome de uma das principais avenidas de Salvador, que abriga, inclusive, a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A lei, sancionada no dia 22 de fevereiro pela prefeitura da capital baiana, alterou o nome da ‘Avenida Adhemar de Barros, no bairro de Ondina, para ‘Avenida Milton Santos’. O projeto de alteração de nome é de autoria do vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB) e contou com apoio nas redes sociais.

Nas redes sociais, houve uma intensa mobilização para a avenida realmente deixar de ter o nome do médico e político paulista, Adhemar de Barros, que não tem relação com a Bahia, para homenagear o importante geógrafo baiano Milton Santos.

Vencedor do Prêmio Vautrin Lud de Geografia, na França, Milton Santos ficou conhecido mundialmente por suas pesquisas referentes à sociologia, economia e política e sua relação com a geografia. O estudioso morreu em 2001, aos 75 anos, e é considerado um dos mais importantes intelectuais do Brasil.

Milton aprendeu a falar inglês desde cedo e ainda jovem, se mudou para Salvador. Aos 10 anos, começou a se interessar por Geografia por incentivo do professor Oswaldo Imbassahy e com 15 anos já dava aulas. Contudo, ele se formou em direto pela Universidade Federal da Bahia, mas nunca chegou a exercer a profissão e seguiu com seu amor pelo ensino da geografia.

O geógrafo escreveu o livro ‘Zona do Cacau’, que acabou incluído na Coleção Brasiliana e na sequência, foi convidado para fazer doutorado na França, entre 1956 e 1958.

Após esse período, retornou para o Brasil e em 1960, se tornou Livre Docente em Geografia Humana pela UFBA e passou a atuar mais fortemente tanto na área acadêmica quanto na política, sendo subchefe da casa civil na Bahia no governo de Jânio Quadros.

Ele chegou a ser preso durante o golpe militar, mas solto em decorrência de sua saúde. Depois de alguns meses em prisão domiciliar pôde pedir exílio na França, a convite da Universidade de Toulouse-Le Mirail. Na França, ele permaneceu por 13 anos, onde acumulou uma série de prêmios e reconhecimento.

Já em 1971 foi para o Canadá lecionar na Universidade de Toronto, depois se mudando para os Estados Unidos, onde foi pesquisador convidado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Neste período, ele organizava a sua grande obra, “O Espaço Dividido” (1979). Em seguida, retornou para o Brasil, onde seguiu lecionando e publicando trabalhos. Jornal da Chapada com informações de texto base do Hypeness.

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