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#Bahia: Rede estadual de ensino recebe seis mil exemplares do livro ‘Torto Arado’ que se passa na Chapada Diamantina

A aquisição ocorreu durante evento de cerimônia de lançamento da obra na rede estadual | FOTO: Mateus Pereira/GovBA |

A rede estadual de ensino recebeu, na segunda-feira (14), 6 mil exemplares do livro ‘Torto Arado’, obra do escritor baiano Itamar Vieira Júnior que se passa na região chapadeira. A aquisição ocorreu durante evento de cerimônia de lançamento da obra na rede estadual.

Os exemplares serão distribuídos para 1.137 unidades educacionais em toda a Bahia. Na ocasião, estiveram presentes o autor, o secretário estadual da Educação Jerônimo Rodrigues e a secretária de Promoção da Igualdade Racial Fabya Reis, no auditório da secretaria de educação em Salvador.

O livro conta com temáticas sobre racismo e escravidão no Brasil, além de ter conquistado, até então, três prêmios da literatura: Oceanos, Jabuti e Leya, sendo o último conquistado em Portugal. A proposta pedagógica, fundamentada na obra, possibilita aos estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio o conhecimento da própria história e cultura afro-brasileira, assim como o da luta e resistência dos seus ancestrais.

“Buscamos, cada vez mais, uma escola plural, em que todos os temas sejam respeitados e debatidos. O material será disponibilizado e orientaremos o seu uso para contextualizar com os movimentos quilombolas, indígenas e Movimento dos Sem Terra (MST), por exemplo”, explicou o secretário da pasta de educação Jerônimo Rodrigues.

O autor Itamar Vieira Júnior, que tem formação em Geografia, e doutorado em estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), explicou o motivo de os temas expostos nos livros serem tão importantes para os estudantes e educadores. “Penso que o professor e o aluno podem usufruir dessa história e, a partir daí, pensar, quem sabe, uma história nova”, pontuou o escritor.

A obra dará suporte para que educadores e estudantes acessem saberes sobre o passado colonial e escravagista brasileiro; a realidade dos trabalhadores no sertão baiano; bem como a formação das comunidades quilombolas na Bahia. ‘Torto Arado’ também trata sobre as relações de trabalho semi-escravagista, a discriminação racial e a questão da terra, além de fortalecer as identidades e cultura dos povos e comunidades.

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