O vice-governador João Leão (PP) está muito próximo de ser anunciado como candidato ao Senado Federal pela chapa de ACM Neto (UB). Após entregar os cargos no governo Rui Costa (PT), Leão já articula sua ida para o novo grupo político. Em entrevista ao Metro1, ele confirmou que entre quarta e quinta-feira desta semana deve fechar o acordo.
“Estamos muito próximos. Vamos conversar, eu, Neto, os deputados federais do União Brasil, os deputados federais do PP. Se tudo der certo, vou ao Senado. E não tenho dúvidas que, isso acontecendo, vamos vencer as eleições para o governo no primeiro turno”, disse.
Embora nacionalmente o PP esteja com Bolsonaro — com o presidente da legenda, Ciro Nogueira, ocupando o ministério da Casa Civil —, Leão garante que, na Bahia, o partido marcha com Lula (PT).
“Isso já está posto na Executiva Nacional. Sou vice-presidente do partido no Brasil e pedi nossa independência nesse acordo. Vamos com Lula, com quem tenho uma amizade pessoal. Já conversei isso com ACM Neto, inclusive. Ele disse que meu candidato à Presidência é meu e que ele não interfere nisso”.
Questionado se Lula pode participar menos da campanha de Jerônimo Rodrigues (PT) para garantir um ‘palanque amigo’ com ACM Neto, o vice-governador diz acreditar piamente nesta possibilidade.”Lula quer ganhar a eleição e ter a maior quantidade possível de votos na Bahia. Se for esperto, faz desse jeito. ACM Neto não quer se envolver na campanha nacional e eu sou amigo dele. Vamos ver o que acontece, mas essa é, sim, uma possibilidade”, pontuou.
Leão também falou sobre os prefeitos que tem desobedecido a diretriz do partido e seguido com Rui, mesmo após o rompimento público entre as legendas. É o caso do prefeito de Nova Caanã e o prefeito de Itapé. “Temos 92 prefeituras em todo o estado. Se fossem trinta querendo sair eu estaria preocupado. Nós vamos conversar com esses dois e discutir a orientação do partido. Não há nada que não se possa contornar”, disse.
Convicto da sua candidatura ao Senado, Leão contou que já ligou até para Otto Alencar (PSD) para falar da disputa. “Disse que quero fazer uma campanha limpa. Otto e eu somos amigos pessoais, com relações entre famílias. A gente vai entrar numa disputa limpa e franca”, pontuou. Com informações do Metro1.