O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que proibiu manifestações políticas por artistas no festival Lollapalooza, manteve, em duas decisões entre fevereiro e março, outdoors a favor da candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) colocados por instituições do setor agrícola em diversos estados do país.
Araújo acatou o pedido de liminar do Partido Liberal (PL), de Bolsonaro, neste fim de semana, e entendeu que as manifestações das cantoras Pabllo Vittar e Marina durante os shows do fim de semana no evento, em São Paulo, configuraram como programa eleitoral antecipada.
Contudo, Araújo, que também é ministro do Superior Tribunal da Justiça (STJ), entendeu que nas duas representações contra Bolsonaro não havia propaganda eleitoral antecipada nos outdoors.
As representações foram feitas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) contra Bolsonaro, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Cooperativa dos Produtores Agropecuaristas do Paraíso e Região (Copper), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (Famasul), e o Sindicato Rural de Cuiabá.
Porém, apesar de em alguns casos haver pedido de voto em Bolsonaro nas peças publicitárias, o ministro afirmou que não é possível afirmar que o atual presidente tinha conhecimento do material publicitário em seu benefício.
Além de Pabllo Vittar, que desfilou com uma bandeira do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o grito da cantora Marina, que mandou o atual presidente ir ‘se f*uder’, diversos outros artistas como Djonga, o rapper Emicida, as bandas Detonautas e Planet Hemp, além de tantos outros, demonstraram descontentamento com o atual governo. Jornal da Chapada com informações de Uol.