No discurso que fez na terça-feira (29) logo após ser reeleito para o biênio 2023/25 com um ano de antecedência, o presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), disse que a lealdade dele é apenas aos vereadores da Casa.
Seria uma resposta às especulações, no meio político, de que a manobra do emedebista para antecipar a reeleição teve participação direta da cúpula petista, a qual gostaria de vê-lo como vice do candidato a governador do PT, Jerônimo Rodrigues.
Curioso é que, em resposta às críticas pela manobra, Geraldinho citou um ensinamento que teria aprendido com o senador Jaques Wagner (PT), que teria ligado pessoalmente para os vereadores de oposição para pedir votos em favor da reeleição do emedebista: “só olhe no retrovisor da história aquilo que for positivo”.
O presidente da Câmara Municipal, que recebeu 35 votos dos 39 dos vereadores presentes, ainda, num arroubo de superioridade, salientou que Salvador, no dia de seu aniversário, ganhou um presente: a recondução dele à presidência da Câmara Municipal. Sobre os que se abstiveram na votação, o edil presidente disse sentir pena.
“Pobres coitados vencidos pela democracia”, disse e completou: “peço a Deus que perdoe os que se abstiveram e votaram parcialmente na chapa”.
Ele ainda agradeceu à base do prefeito Bruno Reis (União Brasil), que votou quase unanimemente com ele, e à oposição, que não fez qualquer óbice à antecipação da eleição para a mesa diretora.
Para não perder o costume, o presidente reeleito da Câmara atribuiu as mensagens de desaprovação que recebeu à atuação de “forças ocultas’. Com informações do Política Livre.