Em discurso na formatura de oficiais da Polícia Militar de São Paulo na Academia do Barro Branco na última sexta-feira (13) na capital paulista, Jair Bolsonaro (PL) incitou os PMs a agirem contra parlamentares, que considerou “inimigos”, ao voltar a defender o chamado “excludente de ilicitude”, uma espécie de alvará para os militares cometerem assassinatos sem punição, que foi proposto ainda por Sergio Moro em 201 como Ministro da Justiça.
“Muitas vezes, o nosso inimigo não está nas vielas, no topo de um morro ou nas ruas perdidos por ai armado. Muita vezes os nossos inimigos estão dentro de um gabinete com ar condicionado. E ali, um burocrata que inferniza a vida de vocês após o cumprimento de uma missão”, disse.
Ao citar a caçada ao “marginal, terrorista” Carlos Lamarca promovida pela Ditadura – em que ele mente ter participado – Bolsonaro pregou a união das “Forças Armadas e das forças auxiliares”, e voltou a incitar PMs contra parlamentares do campo democrático que se colocam contra a Ditadura.
“No passado, sempre, as Forças Armadas e as forças auxiliares estiveram juntos. Nesse momento, lá atrás nos anos 70, não foi diferente. O grande inimigo eram aqueles que queriam roubar não nosso patrimônio, mas a nossa liberdade. Hoje não é diferente, nós, pessoas de bem, civis e militares, precisamos de todos para garantir a nossa liberdade porque os marginais do passado hoje usam de outras armas, também em gabinetes com ar condicionado visando roubar a nossa liberdade. Começam roubando nossa liberdade de expressão, fustigando as pessoas de bem, fazendo com que elas desistam de seu propósito”, afirmou, emendando: “Nós, Forças Armadas e forças auxiliares, não deixaremos que isso aconteça”. Com informações da Revista Fórum.