Com o intuito de frear a propagação de discursos de ódio sobre temas sociais pela extrema-direita bolsonarista durante as eleições, a meta, de Mark Zuckerberg, que controla redes como Facebook, Instagram e WhatsApp, vai identificar os financiadores de publicações sobre as chamadas pautas comportamentais e moralistas, como aborto, gênero, entre outras.
“Fazemos esse trabalho de expansão em anúncios de temas sociais de forma global, já lançamos em outros países, mas existe um interesse em implementar antes do período eleitoral. Entendemos que existem diversos debates sobre temas sociais que não falam diretamente sobre política ou sobre eleições, mas que podem influenciar uma opinião. Por isso a opção de laçar nesse momento e de aumentar a transparência das nossas plataformas”, disse a gerente de Resposta Estratégica da Meta América Latina, Debs Delbart.
A mudança foi anunciada nesta quinta-feira (19) e passa a valer a partir do final de junho, quando dados de anunciantes que tratarem de temas relacionados a comportamentos sociais, como direitos civis, economia, segurança e saúde, passarão a ser divulgados na ferramenta Biblioteca de Anúncios. O recurso já é utilizado para postagens pagas sobre questões políticas e eleitorais.
Na prática, as publicações terão um rótulo com o nome de quem está financiando. O anunciante terá que passar por um processo de autorização, que consiste na sua comprovação de identidade e localização. Com informações da Revista Fórum.