O pré-candidato a governador ACM Neto (União Brasil) visitou nesta quinta-feira (2), em Luís Eduardo Magalhães, a Bahia Farm Show, maior evento da agropecuária do Norte e Nordeste, e defendeu a construção de um plano de industrialização para o Oeste do estado. Em entrevista coletiva, ele ressaltou a importância da segurança jurídica e disse que o direito à propriedade é intransferível e inegociável.
“Faz parte dos nossos planos, caso em outubro tenhamos êxito nessa caminhada, discutir aqui na região um plano de industrialização. Nós temos muitos desafios para isso poder acontecer, mas eu não tenho dúvida que o Oeste da Bahia está preparado para viver esse seu ciclo futuro de industrialização. Para isso, é preciso ter planejamento, visão estratégica de médio e longo prazo e coordenar as ações e investimentos do poder público”, frisou.
Neto também defendeu a necessidade da segurança jurídica e da garantia do cumprimento das decisões judiciais. “O direito à propriedade é algo absolutamente intransferível e inegociável. Eu considero um princípio, um valor que nós vamos agir com firmeza para assegurar o cumprimento de decisões judiciais, para garantir que haja o direito à propriedade preservado, resguardado, que eu considero que é fundamental para quem produz”, frisou.
Ele disse ainda que é preciso enfrentar a questão da regularização fundiária. “É outro problema da região que a gente sabe o quanto o estado pode ter um papel, sobretudo depois do novo marco legal, aprovado pelo Congresso Nacional, para trazer também segurança jurídica, transparência, correção para todo esse trabalho, este desafio de regularização fundiária”, afirmou.
Ausência do governo
O pré-candidato a governador reforçou ainda o seu compromisso de, caso seja eleito em outubro, constituir um braço administrativo no Oeste, de forma a aproximar o governo da região. Neto ainda citou as promessas feitas pelo governo do PT agora, faltando quatro meses para as eleições. “Não vale, a quatro meses de eleição, chegar aqui em Luís Eduardo Magalhães e prometer várias coisas, fazer vários anúncios. E a pergunta que fica é: por que não foi feito em 16 anos? Não apenas em quatro, por que não foi feito em dezesseis anos?”, questionou.
Neto pontuou que pretende mudar esta lógica, de forma a descentralizar o poder de decisão. “Então, queremos essa visão de trazer o governo aqui para dentro, de ter uma atenção permanente, de discutir com os diversos atores, mas sobretudo de considerar com muito respeito os produtores rurais, entendendo que se tratam de homens e mulheres de bem que estão trabalhando duramente, que enfrentam várias dificuldades e que às vezes só não querem ser atrapalhados pelo poder público. Mas quando o poder público oferece um ambiente propício ao crescimento, ao desenvolvimento, a perspectiva de futuro é outra”, salientou.
Bahia Farm Show
Uma das mais importantes feiras agrícolas do Brasil, a Bahia Farm Show voltou a ser realizada após dois anos de suspensão, em consequência da pandemia provocada pelo novo coronavírus. A expectativa dos organizadores é que o evento, que começou na última terça-feira (31), encerre com uma movimentação de mais de R$ 2 bilhões, o que seria um recorde.
A Bahia Farm Show é um shopping aberto. No total, 360 empresas, representando cerca de 1.200 marcas, estão distribuídas em uma área de 191 mil m². No local, os participantes têm à disposição o que há de mais moderno em tecnologia e equipamentos para aumentar a produtividade de suas fazendas.
O presidente da Bahia Farm Show e da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Odacil Ranzi, disse que os dois primeiros dias da feira foram marcados por muitas negociações. “O agronegócio sofreu os impactos da pandemia, mas não ficou parado. Agora, com a possibilidade de novos recordes na colheita da safra 2021/22, os agricultores estão ainda mais otimistas e sabem que a Bahia Farm Show oferece o que há de mais atual para o impulsionamento de seus negócios”, afirmou. Com informações de assessoria.