Os sete partidos que compõem a coligação “Vamos Juntos pelo Brasil”, de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), realizaram uma segunda reunião para estruturação do programa de governo, que será disponibilizado em uma plataforma interativa ainda na primeira quinzena de junho para receber contribuições de eleitores.
“De uma forma geral, todos os participantes ressaltaram a existência de uma ampla convergência no conteúdo do documento inicial apresentado. Além disso, cada um dos partidos apresentou emendas e contribuições ao texto inicial também com ampla convergência”, diz nota divulgada por PT, PCdoB, PV, PSOL, REDE, PSB e SOLIDARIEDADE, que fazem parte da coligação.
Após a consulta popular, o texto será analisada novamente pela comissão, que conta com dois membros de cada partido, e será enviado para aval final de Lula e Alckmin.
Modelo neoliberal levou país ao atraso
A primeira versão das diretrizes do Programa de Reconstrução do Brasil, idealizada pelos sete partidos, tem uma forte ênfase na superação do modelo neoliberal – “que levou o país ao atraso” – e diz que diante da devastação “que nos trouxe de volta a fome, o desemprego, a inflação, o endividamento e o desalento das famílias” a prioridade será “a restauração das condições de vida da população brasileira”.
“O primeiro e mais urgente compromisso que assumimos é com a restauração das condições de vida da população brasileira – sobretudo os que mais sofrem com a crise, a fome, o alto custo de vida, os que perderam o emprego, o lar e a vida em família. São esses brasileiros e brasileiras que precisamos priorizar, tanto por meio de ações emergenciais quanto por meio de políticas estruturantes, desde o primeiro minuto de um governo que será eleito para reconstruir o Brasil, superar a crise presente e resgatar a confiança no futuro”, diz a primeira versão do texto, que foi distribuída nesta segunda-feira (6) para discussão e proposição de emendas ao responsáveis no o PT, PC do B, PV, PSB, PSOL, REDE e SOLIDARIEDADE.
Na parte econômica, o programa defende “a revogação da reforma trabalhista feita no governo Temer e a construção de uma nova legislação trabalhista”, além de um “Bolsa Família renovado e ampliado” implantado com urgência.
Em relação às estatais, o programa de Lula diz se opor “fortemente à privatização em curso da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A” e “da Eletrobras” e “dos Correios”. Com informações da Revista Fórum.