O presidente da UGT-BA, Marcelo Carvalho, afirmou que as mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, na região do Vale do Javari, no Amazonas, são consequência da “necropolítica” implantada pelo governo Bolsonaro.
“Além de precarizar vidas e tratá-las como descartáveis, o presidente da República não hesita em culpar as próprias vítimas” disse o dirigente sindical, ao atribuir também a Bolsonaro as mais de 660 mil mortes causadas pela pandemia da Covid-19.
Na avaliação de Marcelo Carvalho, declarações do presidente como “tudo pode acontecer”, “é só uma gripezinha” ou “tem que deixar de ser um país de maricas” evidenciam a “política da morte” existente no Brasil.
“Para esse governo não bastam as mortes, também é preciso minimizar os problemas escancarados no nosso país e destruir a reputação das vítimas”, lamentou o presidente da UGT-BA.
Para o dirigente sindical, Bolsonaro é responsável pelo desmonte das políticas ambientais e por incitar a invasão a terras indígenas, além da desqualificação de lideranças e entidades que atuam em favor da preservação da Amazônia.
“É nítido que essas mortes estão a favor do Planalto, pois dão liberdade às organizações criminosas e terreno fértil para elas agirem. Elas têm as digitais de Bolsonaro”, afirmou Marcelo, ao salientar que “a população brasileira se vê lutando diariamente contra o presidente, para garantir minimamente o direito à vida”.
“Até quando suportaremos tantos ataques e desrespeito? Quantas mortes ainda serão necessárias para que Bolsonaro seja responsabilizado pelos seus crimes?”, questionou o dirigente. Com informações de assessoria.