A Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) apontou falhas em procedimentos no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, unidade de saúde em que funcionários flagraram o anestesista Giovanni Quintela estuprando, no último domingo (10), uma mulher em trabalho de parto.
Após ele ser preso pela polícia, a Defensoria ainda identificou “falhas no processo de preenchimento dos dados do livro do centro cirúrgico com as informações dos procedimentos” e “problemas quanto ao armazenamento da documentação dos pacientes”.
Um dos exemplos também apontado pela defensoria em relação aos protocolos, fluxos e processos de trabalho, foi o fato de obstetras não terem questionado a sedação, nem confrontado o anestesista, além de ter orientado o pai a se retirar do centro cirúrgico.
Caso
O anestesista foi preso após uma equipe de enfermeiras ter desconfiado do comportamento do médico durante os dois primeiros partos que ele participou. A equipe, portanto, decidiu filmar o terceiro procedimento.
O conteúdo da gravação mostra Giovanni com o pênis na boca da mulher, que está sedada. A cena leva cerca de 10 minutos. É possível ver que, após o ato, o homem limpa o rosto da mulher e depois joga o material, que parece ser gaze, no lixo.
Giovanni foi levado para o presídio de Benfica e passou por audiência de custódia na tarde de terça (12), que converteu a prisão do médico para preventiva.
O telefone do médico também foi apreendido, assim como uma gaze que a equipe do hospital recolheu no lixo e que pode ter material biológico do médico. Jornal da Chapada com informações de G1.