Riqueza e tamanho parecem ser valores inversamente proporcionais quando se observam as nações no topo da nova lista dos países mais ricos do mundo. Ou seja, quanto menor o território, mais rico é o estado, como no caso de Luxemburgo, apontado como o mais rico do mundo em 2022 pela Global Finance.
O único grão-ducado existente atualmente tem uma área menor que Brasília, capital brasileira: cerca de 2.586 km². Ele é seguido na lista por Cingapura, Irlanda, Catar, Macau e Suíça. O Brasil ocupa a 92ª colocação.
20 países mais ricos do mundo:
1º Luxemburgo: US$ 140.694
2º Cingapura: US$ 131.580
3º Irlanda: US$ 124.596
4º Catar: US$ 112.789
5º Macau: US$ 85.611
6º Suíça: US$ 84.658
7º Emirados Árabes Unidos: US$ 78.255
8º Noruega: US$ 77.808
9º Estados Unidos: US$ 76.027
10º Brunei: US$ 74.953
11º Hong Kong: US$ 70.448
12º San Marino: US$ 70.139
13º Dinamarca: US$ 69.273
14º Taiwan: US$ 68.730
15º Holanda: US$ 68.572
16º Áustria: US$ 64.571
17º Islândia: US$ 64.621
18º Andorra: US$ 63.600
19º Alemanha: US$ 63.271
20º Suécia: US$ 62.926
92º Brasil US$ 17.208
Mais de R$ 721 mil ao ano por residente
Diversos indicadores de riquezas podem ser usados para basear um ranking do tipo, como, por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) ou a renda nacional bruta (RNB). Neste, a Global Finance analisou a quantidade média de dinheiro que cada pessoa do país ganha em um ano — o PIB per capita.
Em Luxemburgo, o dado indica que a média de dinheiro ganho por um cidadão em um ano é US$ 140.694 — valor equivale a mais de R$ 721.774, na cotação desta terça-feira (9). Enquanto no Brasil a média é de US$ 17.208, ou seja, cerca de R$ 88.278 no mesmo intervalo. No entanto, como esclarece a World Population Review, o “PIB per capita não corresponde necessariamente ao salário médio que uma pessoa que vive em um determinada nação ganha”.
Na análise, a Global Finance destaca que mesmo estados entre os dez com maior riqueza possuem residentes que vivem na pobreza, assim como vários dos mais pobres abrigam vários residentes entre os extremamente ricos.
Quando se analisa o cenário usando o valor do PIB, o resultado fica semelhante à lista de países apontados como as maiores economias mundiais. Conforme o Fundo Monetário Internacional (FMI), os 10 países mais ricos do mundo são: Estados Unidos (US$ 18,6 trilhões), China (US$ 11,2 trilhões), Japão (US$ 4,9 trilhões), Alemanha (US$ 3,4 trilhões), Reino Unido (US$ 2,6 trilhões), França (US$ 2,5 trilhões), Índia (US$ 2,2 trilhões), Itália (US$ 1,8 trilhão), Brasil (US$ 1,8 trilhão) e Canadá (US$ 1,5 trilhão).
Paraísos fiscais
Então como justificar que países pequenos, como Luxemburgo, possam se equiparar às potências econômicas listadas acima? Segundo a World Population, existem formas de valores como o PIB serem distorcidos por páticas comerciais internacionais.
Muitas nações do ranking da Global Finance são paraísos fiscais, o que significa que a riqueza originalmente gerada em outros países acaba inflando o PIB dessas nações menores. São exemplos disso a Irlanda e a Suíça, estados considerados “paraísos fiscais” devido às regras do governo que favorecem as empresas estrangeiras.
Conforme a publicação, atualmente, mais de 15% das jurisdições globais são paraísos fiscais e cerca de 40% dos fluxos globais de investimento estrangeiro “são as chamadas transações ‘fantasmas’, investimentos financeiros que passam por conchas corporativas vazias sem influência real na economia de um país e o bem-estar financeiro das pessoas”.
Luxemburgo
Com belas paisagens, diversos castelos e festivais culturais, o país europeu tem cerca de 630 mil habitantes. Segundo a Global Finance, boa parte da riqueza do grão-ducado é usado para fornecer melhores moradias, saúde e educação para o povo, que desfruta de um alto padrão de vida.
No entanto, devido à pandemia da Covid-19, diversas empresas fecharam as portas na nação e diversos trabalhadores ficaram desempregados. Em 2021 o PIB do país se recuperou de -1,7% em 2020 para 6,8%. Com informações do Diário do Nordeste.