O secretário especial da Cultura de Jair Bolsonaro (PL), Hélio Ferraz de Oliveira, gastou R$ 16.498 em uma missão do governo federal de três dias em Medellín, na Colômbia, para participar do Fórum de Artes, Cultura, Criatividade e Tecnologia.
Ele foi ao evento acompanhado do assessor de relações multilaterais Gustavo Torres, do Ministério do Turismo, que gastou ainda R$ 17.294. Assim, o total da viagem foi de ao menos R$ 33.792. As informações são do Portal da Transparência do governo federal.
Hélio Ferraz e Gustavo Torres embarcaram no dia 19 de julho para Medellín e retornaram a Brasília no dia 22. O total desembolsado com passagens aéreas para os dois foi de R$ 21.620, ida e volta —o u seja, R$ 10.810 cada.
Questionada se os servidores viajaram de classe econômica ou executiva, a Secretaria de Cultura não respondeu. A média de preços de uma viagem de Brasília para Medellín, cotadas pela coluna, sai em torno de R$ 4.000 —ida e volta, na classe econômica.
Gustavo Torres gastou R$ 6.280,47 com hospedagem, e Hélio Ferraz, R$ 5.484,99. A pasta também não explicou o motivo da diferença de preço.
Segundo a agenda do secretário, ele realizou uma reunião com um representante da Cerlalc (Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe), da Unesco, no dia 20. No dia seguinte, ele participou de eventos e painéis do fórum. Antes de embarcar de volta ao Brasil, no dia 22, ele esteve em outro painel.
Hélio Ferraz assumiu a pasta da Cultura após a saída de Mario Frias, hoje candidato a deputado federal por São Paulo pelo PL. Foi ele também quem viajou com Frias para Nova York na polêmica viagem de R$ 78 mil para encontrar um lutador de jiu-jitsu.
A ida à Colômbia é a segunda viagem internacional do assessor Gustavo Torres em menos de um mês. Como mostrou a coluna, ele participou de uma missão de quatro dias do governo federal em Ibiza, na Espanha, também em julho, que custou quase R$ 30 mil aos cofres públicos.
O servidor público também acompanhou a cúpula da Secretaria da Cultura em uma viagem de cinco dias a Los Angeles, nos Estados Unidos, em janeiro deste ano, que custou cerca de R$ 55 mil.
Na época, ele embarcou ao lado do então secretário de Lei Rouanet, o PM André Porciuncula — Mario Frias só não participou da viagem pois foi diagnosticado com Covid-19 dias antes do voo. Com informações do Folhapress.