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#Eleições2022: “Qual o problema de comprar com dinheiro vivo algum imóvel?”, indaga Bolsonaro

Jair Bolsonaro com apoiadores | FOTO: Reprodução/Youtube |

Em sabatina de empresários organizada pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), Jair Bolsonaro (PL) fez uma breve indagação ao ser interrogado sobre a compra de 51 dos 107 imóveis em dinheiro vivo pelo clã, conforme revelou reportagem de Thiago Herdy e Juliana Dal Piva no portal Uol nesta terça-feira (30).

“Qual o problema de comprar com dinheiro vivo algum imóvel? Eu não sei o que está escrito na matéria”, disse Bolsonaro a jornalistas após reclamar da reportagem aos empresários.

“Eu ouvi falar que tem uma imprensa falando aí que a minha família toda, pegando a sua variação patrimonial desde 1990… Por que eu?”, indagou o presidente.

Imóveis em dinheiro vivo
Desde a década de 90, quando ingressou na política, até os dias de hoje, o presidente Jair Bolsonaro (PL), além de seus irmãos e filhos, negociaram 107 imóveis, dos quais pelo menos 51 foram comprados total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declaração dos próprios integrantes do clã.

Foram registrados em cartórios com o modo de pagamento “em moeda corrente nacional”, expressão padronizada para repasses em espécie, R$ 13,5 milhões. Em valores corrigidos pelo IPCA, o valor equivale hoje a R$ 25,6 milhões.

Não consta nos documentos de compra e venda a forma de pagamento de 26 imóveis, que somaram valores de R$ 986 mil (ou R$ 1,99 milhão em valores corrigidos). Transações por meio de cheque ou transferência bancária envolveram 30 imóveis, totalizando R$ 13,4 milhões (ou R$ 17,9 milhões corrigidos pelo IPCA).

A mãe de Bolsonaro, dona Olinda, falecida em janeiro deste ano, aos 94 anos, teve os dois únicos imóveis adquiridos em seu nome quitados em espécie, em 2008 e 2009, em Miracatu, no interior de São Paulo.

Entre os imóveis comprados com dinheiro vivo pela família, estão lojas, terrenos e casas diversas. Para a realização da reportagem, os jornalistas consultaram nos últimos sete meses 1.105 páginas de 270 documentos requeridos a cartórios de imóveis e registros de escritura em 16 municípios, 14 deles no estado de São Paulo. Percorreu pessoalmente 12 cidades para checar endereços e a destinação dada aos imóveis, além de consultar processos judiciais. Com informações da Revista Fórum.

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