O Ministério de Minas e Energia avalia que não há tempo para realizar um estudo para calcular os impactos de uma possível volta do horário de verão na economia e, assim, descarta a hipótese. Contudo, o ministério pensa em agilizar os estudos para uma possível volta do horário em 2023. Segundo pesquisa Datafolha publicada a um ano, 55% dos brasileiros eram favoráveis à volta da medida enquanto 38% eram contrários.
O horário de verão parou de ser adotado em 2019 após decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL) que interrompeu uma sequência que começou em 1985 e não havia sido interrompida anteriormente. A primeira vez em que apareceu nos calendários e relógios brasileiros foi em 1931, durante o primeiro governo de Getúlio Vargas.
Em 2008, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) regulamentou o horário de verão, determinando que começasse sempre à meia noite do terceiro domingo de outubro, quando se adianta uma hora no relógio. Seu final ficou marcado para o terceiro domingo do mês de fevereiro seguinte, quando os relógios atrasariam uma hora. Se voltasse nesse ano, o horário de verão começaria no próximo dia 15 e terminaria em 18 de fevereiro de 2023.
À época do decreto que extinguiu o horário de verão, apoiado por um levantamento do Operador Nacional do Sistema (ONS), o governo argumentou que devido à crise econômica, as economias promovidas pelo horário de verão em 2017 e 2018 teriam sido nulas. Este caso, de fato, alguns estudos estariam demonstrando que houve um crescente aumento na demanda energética das tardes de verão com o aumento do uso de aparelhos de ar condicionado em residências e locais de trabalho, o que aumentava o consumo energético que o horário de verão foi projeto para evitar.
Nos lares, o pico de uso dos aparelhos de ar condicionado se daria justamente no fim da tarde, no horário em que muitos trabalhadores estariam voltada para suas residências, onde, ao chegar, ligam os resfriadores, além de luzes, chuveiros elétricos e outros aparelhos. Mas apesar da pouca economia nos últimos anos da sua adoção, o horário de verão é muito desejado por comerciantes, uma vez que ampliava o tempo de circulação de pessoas nas ruas e, com elas, seus gastos. As informações são da Revista Fórum.