O presidente Jair Bolsonaro (PL), em entrevista ao podcast Collab, na noite dessa segunda-feira (12), admitiu ter sido “aloprado” quando falou sobre a covid-19 no início da pandemia e que voltaria atrás na sua declaração sobre ‘ser coveiro’. “Dei uma aloprada, aloprei, perdi a linha. Aí eu me arrependo”, disse.
“Eu sou ser humano também, lamento o que eu falei. Não falaria de novo. Pode ver que de um ano para cá o meu comportamento mudou”, completa. A autocrítica presidencial não atingiu a sua tradicional defesa de medicamentos sem eficácia para o tratamento da doença. Voltando a defender a cloroquina, como ‘tratamento precoce’, afirmou que quando falou ‘virar jacaré’, ao se referir a possíveis efeitos colaterais da vacina, disse que apenas usava uma ‘figura de linguagem’.
Quando questionado sobre ser racista, lembrou do caso em que salvou um colega negro, no Exército. “Se eu fosse racista deixava ele morrer afogado”, e completou “Ele era um negrão mesmo, não tinha como não dizer que era negrão”. Para ele o racismo é como “apelido, se a pessoa se revoltar acaba por pegar”. O presidente disse também que a maior parte dos casos de racismo são só “mi mi mi, brincadeiras, vistas com exagero hoje”, e não “atos concretos”. Também atribuiu a existência do racismo a uma estratégia da esquerda de “dividir entre o eles e nós”.
O preside te voltou a citar a facada de 2018, afirmando que, se o atentado tivesse êxito, hoje o presidente seria o candidato do PT, Fernando Haddad. “Imagina como estaria o Brasil hoje? Teria sido todo assaltado durante a pandemia” afirmou. Questionado sobre a relação internacional do país, o presidente afirmou que a relação do Brasil com o mundo está boa, e que irá aos eventos fúnebres da Rainha Elizabeth II. “Vou ver a rainha segunda-feira, se Deus quiser, foi uma grande mulher, teve uns problemas familiares é verdade”.
Sobre o conflito na Ucrânia, Bolsonaro ressaltou que falou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e que acredita que faltou ao seu colega ouvir mais seus generais. Já sobre Vladimir Putin, segundo Bolsonaro, se viu em uma situação semelhante a vivda na crise dos mísseis em Cuba. Segundo ele, se a Ucrânia entrasse para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), isso traria mísseis no quintal da russo, o que dificilmente seria aceito por Putin. Com informações do Correio Braziliense.
Assista trecho do podcast abaixo: