O candidato ao governo do Estado pelo União Brasil, o ex-prefeito ACM Neto reclamou, conforme publicação no jornal Tribuna da Bahia nesta quinta-feira (15), de estar há quatro dias sem ter inserções do seu programa eleitoral veiculados na televisão e no rádio, por causa de ações judiciais da coligação petista contra sua campanha.
“Por enquanto, eu estou esperando as decisões da Justiça Eleitoral. Se não acontecer, a gente vai, sem dúvida alguma, botar a boca no trombone”, prometeu Neto, que recorreu das suspensões. A declaração ocorreu durante comício em São Francisco do Conde.
“Eu aceito ganhar e perder eleição jogando dentro das quatro linhas. Ganhar ou tentar interferir no resultado de uma eleição fora das quatro linhas é uma vergonha”, acrescentou, ao impresso.
As propagandas dos deputados vinculados a Neto também tiveram vários minutos cortados, por aparecer imagens do candidato a governador acompanhado de Cacá Leão (PP), que é postulante a senador, de fundo. Para o tribunal, é como se as campanhas de Neto estivessem se sobrepondo aos outros candidatos.
Segundo a Tribuna, os pedidos pela retirada dessas campanhas foram feitos pelas coligações “Pela Bahia, Pelo Brasil”, do candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT) e “De mãos dadas com o Brasil”, de João Roma (PL).
Em resposta enviada ao site Política Livre, o presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, criticou a fala de Neto. “O tempo da Bahia ter dono, ou agir como dono, acabou. A Lei vale para todos, ninguém está acima dela e ponto. Essa ameaça explícita do ex-prefeito ao TRE e seus desembargadores não vai intimidar ninguém, estou certo disso, pois esse tempo acabou”, disse. “ACM Neto tem que arcar com as consequências jurídicas das suas ações de oportunismo eleitoral. Foi oportunista ao usar o tempo da campanha proporcional em seu favor, ao usar os deputados para atacar Jerônimo e oportunista ao se declarar pardo. É evidente que vai ter que pagar por esse comportamento. Na Justiça e no julgamento da sociedade, nas urnas”, acrescentou. Do site Política Livre.