Um recorte da pesquisa “Violência e Democracia: panorama brasileiro pré-eleições de 2022”, realizada numa parceria entre a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), usando informações coletadas pelos questionários do Datafolha, revelou que o número de brasileiros ameaçados pela violência política nos últimos 30 dias foi maior do que aqueles que sofreram intimidações por parte do narcotráfico e das milícias.
Com o acirramento da violência por parte de bolsonaristas às vésperas da eleição, 3,2% dos brasileiros afirmaram que já sofreram ameaças e intimidações por conta de suas escolhas políticas e partidárias, o que representa aproximadamente 5,3 milhões de pessoas em idade eleitoral, contra 1,1 % daqueles que sofreram o mesmo tipo problema pelas mãos de traficantes e milicianos, algo em torno de 1,9 milhão de cidadãos.
O recorte mais importante e preocupante do dado é no que diz respeito à camada social mais suscetível a essas ameaças: os mais pobres. É nessa camada que o ex-presidente Lula (PT) tem mais eleitores e são justamente eles os principais alvos dos bolsonaristas, alimentados pelo discurso de ódio e violento do presidente da República de extrema-direita.
Outro dado alarmante é o de brasileiros que têm medo de sofre algum tipo de violência por conta de seu posicionamento político ou ideológico. Entre os entrevistados, 67,5% disseram ter muito ou um pouco de medo de sofrerem agressões físicas devida à sua escolha eleitoral, o que indica uma possível abstenção crescente para as eleições que devem ocorrer dentro de 13 dias, em 2 de outubro. Com informações da Revista Fórum.