Em campanha pela reeleição, Bolsonaro (PL) tem alardeado que, caso seja reeleito, irá aumentar o investimento na educação infantil, porém, o orçamento proposto para 2023 revela justamente o contrário. De acordo com a proposta orçamentária do governo Bolsonaro, a verba destinada para a construção do Colégio Militar de São Paulo é 2.840% maior do que o total prometido para a manutenção e implantação de escolas de ensino infantil de todo o Brasil. As informações são do Metrópoles.
Segundo dados do Projeto de Lei Orçamentária (PLO) para 2023 enviado pela gestão federal ao Congresso Nacional, o governo Bolsonaro, por meio do Ministério da Defesa, pretende gastar R$ 147 milhões para executar 40% da construção de um colégio militar na cidade de São Paulo, capital paulista. A referida Escola Militar de São Paulo foi anunciada por Bolsonaro em 2020, mas a obra segue em atraso. O espaço educacional de verve militar seria construído no Campo de Marte, na Zona Norte da capital paulista.
Ao anunciar a construção da Escola, Bolsonaro revelou que a obra seria composta por dois pavilhões de salas de aula, um campo de futebol, pista de atletismo e um parque aquático. À época, a obra foi orçada em R$ 130 milhões e que seria entregue até o fim deste ano. Dados do Portal da Transparência revelam que o Comando do Exército gastou, até agora, R$ 92,8 milhões na obra, que ainda não passa de um grande esqueleto. Com os R$ 147 milhões previstos no Orçamento para 2023, a obra, se finalizada, terá tido um custo de 84% maior do que o previsto inicialmente.
O gasto da gestão de Bolsonaro com a Escola Militar de São Paulo revela um total descaso de sua gestão com a educação infantil, pois, o Orçamento para 2023 prevê apenas R$ 5 milhões para a educação infantil. Tal valor representa um corte de 96,6% para tal área da educação. Como se sabe, o Brasil vive um enorme déficit de vagas na educação infantil e, ao contrário de propaganda, a gestão de Bolsonaro pouco se empenhou para mudar tal realidade. Estima-se que 5 milhões de crianças aguardam por uma vaga. Redação da Revista Fórum com informações do Metrópoles.