São diversos os atrativos naturais que atraem residentes e turistas na Chapada Diamantina. Contudo, boa parte deles tendem a nos tirar da zona do conforto pelo percurso e dificuldade de trilhas. Essa complexidade torna-se ainda mais forte para outras realidades, como os de Pessoas com Deficiência (PCD).
Amante de aventura, o policial militar e atleta de Triathlon, Cleber Climaco, já se aventurou, em sua primeira viagem para a Chapada, para os desafios do Vale do Pati, em meados de 2021, momento em que houve uma flexibilização ao acesso à Chapada Diamantina durante a pandemia.
Contudo, em dezembro de 2021, ele passou por um acidente, ao ser atingido por um veículo enquanto pilotava a sua moto, e perdeu os movimentos das pernas. Agora, ele se aventura na região chapadeira sob outra ótica, com o uso de cadeira de rodas.
Cléber recentemente se programou para desbravar mais partes de região. Durante quatro dias, ele remou nas águas do Pantanal Marimbus, fez a trilha das Águas Claras, visitou o Mirante do Morro do Camelo, conheceu a Gruta da Lapa Doce e fez ainda até flutuação na gruta do Rio Pratinha.
Todo o roteiro foi criado e operado pelo guia Italo Pinto, que também é um dos sócios da agência Bahia Trip. “De cara fiquei muito surpreso com a determinação do Cléber e comecei a pensar os melhores roteiros para PCDs e também na possibilidade de usarmos a ‘Julietti’, uma cadeira de roda especial para aventuras”, conta ele.
“A Chapada Diamantina não mudou, esse paraíso natural é o mesmo, a energia é a mesma, as pessoas são as mesmas, só mudou um pouco minha forma de conhecê-la. (…) Eu acredito que a maioria dos atrativos são possíveis para PCDs!”, pontuou Cléber.
Jornal da Chapada