Em meio ao abandono de ex-apoiadores de sua candidatura à Presidência, Ciro Gomes (PDT) tem mais uma questão com que se preocupar, dessa vez com a Justiça, que determinou a quebra de sigilo do imposto de renda do pedetista por calote em processo vencido pelo senador José Serra (PSDB-SP).
A decisão da juíza Mônica Di Stasi remonta a um processo movido pelo tucano em 2002, quando Ciro o atacou durante a campanha presidencial dizendo em entrevista que “faltava escrúpulo e ética” a Serra.
Na ocasião, o pedetista acusou o então presidenciável do PSDB de subornar, aliciar e devassar a vida privada para conquistar apoios políticos. “Eles podem tudo. A ideia é que podem subornar, podem aliciar, podem devassar a vida privada. Isso tudo está livre.”
Serra classificou as afirmações de Ciro como “delirantes e desvarios” e abriu processo em que o pedetista foi condenado a pagar uma indenização de R$ 248,7 mil por danos morais.
A decisão transitou em julgado em 2006 e Ciro não pode recorrer. No entanto, até hoje ele não pagou a indenização a Serra, o que motivou a quebra de sigilo pela Justiça.
No pedido, advogados de Serra dizem que Ciro “oculta seu patrimônio”. “Enquanto resiste a pagar, declarou patrimônio à Justiça Eleitoral de R$ 1,7 milhão em 2018 e R$ 3 milhões em 2022”. Redação da Revista Fórum com informações da Folha de S. Paulo.