No período em que o candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT) foi secretário da Educação da Bahia, a aprendizagem de português e matemática dos alunos do ensino médio piorou, de acordo com os dados mais recentes do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Em 2019, quando o petista assumiu a pasta, a nota da rede estadual foi de 4.09, número que caiu para 3.96 em 2021, conforme divulgado na semana passada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O resultado colocou o ensino médio da Bahia com a segunda pior nota do país em aprendizagem de português e matemática, à frente apenas do Maranhão, que atingiu nota de 3.92. Este indicador é medido pela prova do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e é uma das bases para a nota final do Ideb – outro é o índice de aprovação dos alunos.
Em língua portuguesa, com nota 254,39, a Bahia novamente só ficou à frente do Maranhão, que teve pontuação 253,98. A Bahia também figurou entre as piores pontuações em matemática, com 246,49, superando apenas Maranhão (243,99), Amazonas (245,54) e Pará (246,26).
A análise da série histórica revela ainda que, enquanto a maioria dos estados do Nordeste evoluiu no aprendizado nos últimos anos, a Bahia não seguiu essa tendência. Em 2005, dos outros oito estados nordestinos, seis tinham desempenho inferior ao da Bahia na avaliação do Saeb – as exceções eram Ceará e Sergipe. Em 2021, só o Maranhão ficou atrás da Bahia.
O Sistema de Avaliação da Educação Básica é um conjunto de avaliações externas em larga escala que possibilita ao Inep fazer um diagnóstico da educação básica brasileira. Através de testes e questionários, aplicados a cada dois anos, o Saeb reflete os níveis de aprendizagem dos estudantes. Junto com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar, as médias de desempenho do Saeb compõem o Ideb.
Ideb
Com nota 3,5 para o Ensino Médio na última edição do Ideb, a Bahia ficou um ponto abaixo da meta de 4,5 estabelecida para essa faixa de ensino. Com esse resultado, a Bahia tem o quarto pior Ensino Médio do país. A nota do estado só supera os índices de Rio Grande do Norte (2,8), Pará (3,0) e Amapá (3,1).
O estado só conseguiu avançar três décimos em relação ao Ideb anterior, de 3,2, em um período marcado pela falta de aulas e aprovação automática dos estudantes em meio à pandemia.