A coparentalidade faz parte dos novos laços de família. É basicamente quando duas pessoas geram um filho, de forma natural ou não, e o criam, compartilhando a responsabilidade parental, mas sem que o casal mantenha relação sexual ou conjugalidade.
Na Chapada Diamantina, Natália e Mateus estão prestes a intensificar essa relação familiar. Eles começaram a namorar ainda adolescentes, mas se entenderam como lésbica e gay, respectivamente. Contudo, desde ali sempre reafirmaram que estariam presentes um na vida do outro e que se um dia tivessem filhos, os fariam juntos.
Eles moram junto com a namorada de Natália e suas duas cachorras na região chapadeira após 17 anos do ‘namorico adolescente’ e agora se preparam para ter um filho. “Mais do que um amigo, ele é um companheiro de vida”, relata ela.
O bebê deve chegar nos próximos dois anos. Nesse tempo, os dois estão se organizando financeiramente e passando por processos terapêuticos. Eles entendem que não apenas a estrutura nuclear de um pai e mãe dá conta da educação de uma criança.
De acordo com a psicanalista e especialista em famílias e educação não-violenta, Elisama Santos, “a ideia de família é uma construção social” e é preciso repensar o modelo tradicional como uma estrutura sempre saudável. Jornal da Chapada com informações de Claudia.