O personagem Padre Kelmon, candidato a presidente da República pelo PTB, teve de ouvir a ironia dos passageiros de um voo de Salvador a São Paulo, nesse domingo (2).
Chamado de “padre de festa junina” pela candidata Soraya Thronicke (União Brasil), durante debate da Globo, Kelmon, que funciona como cabo eleitoral de Jair Bolsonaro (PL) na eleição, foi recebido no avião com o tradicional jingle “Olê, olê, olê, olá. Lula, Lula”, “Viva São João” e “Olha o casamento na roça”.
Kelmon chegou a se irritar ao ser chamado de “candidato laranja” pelo ex-presidente Lula (PT), “cabo eleitoral” e “linha auxiliar” de Bolsonaro, após o último debate entre presidenciáveis.
Está manhã, em voo de Salvador para São Paulo, sentado junto à saída de emergência, o vigarista fantasiado de padre ouve a cantoria de petistas. pic.twitter.com/1bP4lAOxrl
— Blog do Noblat (@BlogdoNoblat) October 2, 2022
Figura que ganhou notoriedade pelo comportamento bizarro nos debates presidenciais deste ano, Kelmon Luís Souza, que na verdade entrou na disputa para fazer dobradinha e tabelas com Bolsonaro, e que se lança ao cargo com o nome de “Padre” Kelmon, não é uma figura tão anônima assim no noticiário brasileiro.
Afirmando ser sacerdote ortodoxo, Kelmon não é considerado padre por nenhum ramo da Igreja Ortodoxa, que já se manifestou informando que ele não faz parte dos quadros dessas organizações coirmãs.
A Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil, maior denominação do gênero no país, chegou a emitir nota esclarecendo que o candidato de extrema direita jamais foi ordenado ou parte do seu clero e das igrejas Copta Ortodoxa de Alexandria, Apostólica Armênia, Síria Ortodoxa Malankara, Ortodoxa Etíope e Ortodoxa Eritreia.
O fato é que Kelmon já se meteu em alguns problemas nos últimos anos e não é exatamente um desconhecido nos noticiários. Redação do site da Revista Fórum.