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#Bahia: Censo IBGE contou 12,3 milhões de pessoas no estado; 45,3% das cidades têm mais de 90% da população recenseada

No Brasil como um todo, nos quatro meses de coleta, foram recenseadas 168.018.345 pessoas, o que corresponde a 78,7% da população brasileira estimada | FOTO: Divulgação/IBGE |

Depois de quatro meses de coleta, iniciada em 1° de agosto, o Censo Demográfico 2022 contou 12.266.991 pessoas na Bahia. Esse contingente corresponde a 81,8% da população estimada pelo IBGE no estado, que é de 14.985.284 pessoas. Os dados foram apurados na manhã da segunda-feira (5).

Na Bahia, a divisão dos moradores recenseados por sexo de nascimento mantém a predominância feminina, com 51,8% da população formada por mulheres (6.351.744, em números absolutos) e 48,2% por homens (5.915.247).

No Brasil como um todo, nos quatro meses de coleta, foram recenseadas 168.018.345 pessoas, o que corresponde a 78,7% da população brasileira estimada, sendo 51,6% mulheres (86.613.626) e 48,4% homens (81.404.719).

A Bahia mantém a 4ª maior população recenseada, atrás de São Paulo (33.028.816 pessoas), Minas Gerais (17.227.360) e Rio de Janeiro (13.301.093). Em termos de ritmo de coleta, a Bahia é o 10° estado com maior percentual da população recenseada (81,8%).

Embora siga acima do verificado no país como um todo (78,7%), perdeu uma posição em relação ao início de novembro, quando era o 9 o estado, superado por Santa Catarina, que tem 85,6%.

Piauí (com 96,2% da população estimada recenseada), Sergipe (91,2%) e Rio Grande do Norte (89,8%) continuam na liderança, enquanto Mato Grosso (65,9%), Amapá (66,9%) e Espírito Santo (70,7%) têm os menores percentuais de população recenseada até o momento.

Bahia mantém maior população quilombola e 2ª maior indígena e tem a 5ª maior população vivendo em favelas e assemelhados no país
No quarto mês de coleta do Censo 2022, a Bahia manteve a maior população quilombola recenseada do Brasil: 355.118 pessoas, num aumento de 23,4% frente ao que havia sido contado nos dois primeiros meses (287.701 pessoas).

Os quilombolas baianos continuam representando quase 3 em cada 10 dos recenseados em todo o país: 29,4% de um total de 1.208.702 no Brasil. A Bahia sustenta também a segunda maior população indígena recenseada, dentre os estados: 191.950 pessoas.

O contingente é 19,4% maior do que o recenseado entre agosto e outubro (160.796 pessoas) e menor apenas do que o registrado no Amazonas, onde foram contados, até o momento, 474.914 indígenas.

Em todo o país, já foram recenseados 1.489.003 indígenas. Também já é possível ter uma primeira contabilização da população que vive em áreas de favelas e assemelhados, os aglomerados subnormais.

Com o quarto maior número de habitantes do país, a Bahia tem, até o momento, o quinto maior contingente de pessoas vivendo em favelas: 1.059.838 pessoas. Isso representa 8,6% de toda a população brasileira morando nesses locais (12.337.295 pessoas ao todo). São Paulo (2.081.309 pessoas), Rio de Janeiro (1.549.232) e Amazonas (1.244.084) lideram nesse indicador.

No 4° mês de coleta, recusas e moradores ausentes seguem em queda, e taxa de resposta ao Censo na Bahia é de 94,1% dos domicílios ocupados
Até o fim da tarde da segunda-feira, os recenseadores do IBGE já tinham visitado 6.216.721 domicílios em toda a Bahia, o que representa 977.559 a mais (+18,7%) do que os 5.239.162 estimados inicialmente para o estado.

No Brasil como um todo, foram visitados 83,4 milhões de domicílios, 5,4 milhões a mais (+6,9%) do que o estimado inicialmente (77,9 milhões).

Dentre os 6,2 milhões de domicílios baianos visitados, cerca de 4,7 milhões estavam ocupados, ou seja, estima-se que tinham ao menos um/a morador/a. Os recenseadores conseguiram realizar entrevistas em 4,4 milhões destes domicílios (94,1% dos domicílios ocupados).

Quase todos os domicílios ocupados com entrevista realizada, na Bahia, responderam ao Censo de forma presencial (4,359 milhões); 13.595 domicílios responderam por telefone; e 5.626, pela Internet – quadro sustentado desde o início da coleta.

O índice de recusa na Bahia, ao fim do quarto mês de coleta do Censo 2022, está em 1,5%, o que representa 71.474 mil residências que não quiseram responder à pesquisa. Essa taxa vem caindo mês a mês: era de 2,0% em agosto, 1,7% em setembro e 1,6% em outubro. Em novembro, ficou menor na Bahia (1,5%) do que no país como um todo (2,6%) e foi a 20a entre as 27 unidades da Federação. São Paulo (4,8%), Roraima (3,9%) e Rio de Janeiro (3,4%) têm as maiores taxas de recusa, enquanto Paraíba (1,0%), Rio Grande do Norte (1,0%) e Piauí (1,1%) têm as menores.

A resposta ao Censo Demográfico é obrigatória, de acordo com a Lei 5.534/1968, que também garante o sigilo de todas as informações fornecidas ao IBGE.

Os domicílios com “moradores ausentes”, ou seja, aqueles onde se sabe que mora alguém, mas não se consegue encontrar ninguém, representam 4,0% dos domicílios ocupados na Bahia (184.865 em números absolutos). O percentual baiano segue abaixo do nacional (7,5% dos domicílios brasileiros têm moradores ausentes) e, como se espera, vem caindo consistentemente: era de 11,0% no primeiro mês de coleta, 7,9% no segundo e 6,1% no terceiro.

A resposta ao Censo Demográfico é obrigatória, de acordo com a Lei 5.534/1968 | FOTO: Divulgação/IBGE |

45,3% dos municípios baianos (189 de 417) recensearam ao menos 90,0% da população; 46 cidades (11,0%) fizeram a coleta em todo o território
Passados quatro meses da coleta do Censo 2022, quase metade dos municípios baianos (120 de 417, ou 45,3%) têm pelo menos 90,0% de sua população estimada recenseada. Dentre esses, 69 (16,5% ou perto de 1 em cada 5 cidades) já recensearam mais pessoas do que o total previsto inicialmente pelo IBGE – ou seja, têm populações que estão superando as estimativas.

Outros 121 municípios da Bahia (29,0% do total) estão com menos de 90,0% e mais de 80,0% da população prevista recenseada, até o momento. Somando-se os dois grupos, tem-se que 74,3% das cidades da Bahia (cerca 3/4) têm pelo menos 80,0% de sua população estimada já contada.

Um grupo de 46 municípios (11,0% do total) já tiveram todo o seu território percorrido pelos recenseadores, não restando mais nenhum setor censitário (área de trabalho) a ser trabalhado. Nessas cidades, as atividades agora são, sobretudo, de supervisão e, eventualmente, converter recusas e encontrar moradores ausentes.

Por outro lado, mantido o ritmo atual de coleta, 34,8% dos municípios do estado (145 de 417), inclusive Salvador, não devem conseguir concluir a coleta do Censo em 2022. Nesses locais, a pesquisa seguirá em janeiro de 2023.

1 em cada 3 pessoas não recenseadas na Bahia (36,3%) está em Salvador, onde a coleta do Censo deve seguir em janeiro de 2023
Até a manhã do dia 5/12, Salvador tinha 66,2% da população estimada recenseada: 1.920.469 de 2.900.319 pessoas. A capital é o 17 o município baiano com menor proporção de população contada até o momento. Pouco mais de 1 em cada 3 pessoas ainda não recenseadas na Bahia está em Salvador, ou 36,3% da população que, segundo as estimativas do IBGE, precisa ser contada no estado.

As capitais e cidades grandes, em geral, apresentam mais dificuldades para a coleta de informações nos Censos Demográficos. Elas têm maiores índices de recusa e de moradores ausentes e restrições importantes no acesso a
determinadas áreas, sejam elas de risco no que diz respeito à segurança pública, sejam condomínios onde porteiros, síndicos e administradores ainda mostram resistência em receber os recenseadores.

Para favorecer o necessário aumento no ritmo de coleta em todo o estado, sobretudo na capital, desde meados de outubro a Superintendência do IBGE na Bahia vem oferecendo adicionais na remuneração de recenseadores que começam a coleta em áreas onde o trabalho ainda não se iniciou ou retomam os esforços onde há altos índices de domicílios com moradores ausentes ou recusas.

Também foi implementado um plano de pagamentos a mais por entrevistas realizadas nos fins de semana, feriados e dias de jogos do Brasil na Copa.

Uma outra dificuldade enfrentada pelo Censo na capital baiana, e em algumas cidades do interior, sobretudo no Sul e Oeste do estado, tem sido o número reduzido de recenseadores em campo.

Atualmente, em Salvador, estão trabalhando 1.349 recenseadores, praticamente metade (51,4%) do total de vagas abertas (2.627). Na Bahia como um todo, onde a coleta já está sendo finalizada em diversas áreas, há 6.761
recenseadores trabalhando, o que represeta 54,2% das vagas iniciais (12.485).

Além de ser um ato de cidadania, responder ao Censo é rápido, fácil e seguro! Os recenseadores estão sempre uniformizados, com colete e boné, usam crachá com foto, e sua identidade pode ser confirmada pelo
0800 721 8181 e pelo site respondendo.ibge.gov.br. Com informações do IBGE.

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