Adriano Camargo Testoni, coronel da reserva do Exército, foi exonerado do Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, após postar vídeos participando da invasão às sedes dos três poderes, no domingo (8). A decisão foi publicada nesta terça-feira (10), no Diário Oficial da União (DOU).
No vídeo repercutido pelo Pragmatismo, Adriano está acompanhando de uma mulher, enquanto xinga o Exército. “Forças Armadas filhas da p*. Bando de generais filhos da p*. Vão [sic] tudo tomar no c*. Vanguardeiros de m*”, afirma.
Apesar de estar na reserva, Adriano atuava como assessor da Divisão de Coordenação Administrativa e Financeira do HFA. Não há registro de remuneração do cargo. Já de aposentadoria, o coronel recebe cerca de R$ 15 mil, após a dedução de impostos.
No vídeo, enquanto o militar desferia as ofensas, a mulher ao lado dele tentava proteger os olhos das bombas de efeito moral que eram lançadas pelas forças de segurança para afastar a minoria de bolsonaristas terroristas que invadiram o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto.
“Covardes. Olha aqui o que está acontecendo com a gente. Olha aqui o povo, minha esposa. Esse nosso Exército é um m*. Que vergonha de vocês, militares”, disse Adriano.
Parte dos bolsonaristas que não aceitam o resultado da eleição presidencial acreditava que haveria intervenção militar no país após a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Após a repercussão do vídeo e a exoneração, o coronel afirmou que a gravação ocorreu durante um momento de “emoção” e que as declarações não refletiam o real ponto de vista dele. “Vídeo feito na emoção e que não reflete meu posicionamento perante às Forças Armadas”, escreveu o militar da reserva. Com informações do Pragmatismo Político.