O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse numa entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta segunda-feira (16), que em sua opinião “o governo Lula deixou os ataques em Brasília acontecerem para posar de vítima”. O mineiro, que foi aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (PL) durante seus caóticos quatros anos de governo e que subiu com empenho no palanque do extremista no segundo turno da eleição de 2022, ainda fez questão de “passar um pano” para a extrema direita brasileira, dizendo que ela “é uma minoria”.
“Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital, do governo federal que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso”, disse Zema.
🇧🇷 Romeu Zema sugere que aconteceu um erro “talvez até proposital” do Governo Federal nos atos golpistas.
Segundo o governador de Minas Gerais, houve “vista grossa para que o pior acontecesse e eles se fizessem, posteriormente, de vítima”. pic.twitter.com/97AlSVhlGD
— Eixo Político (@eixopolitico) January 16, 2023
“Você confundir um cidadão de bem com um depredador é erro gravíssimo. Que se puna essas pessoas que fizeram o vandalismo. Agora, estender isso a esses que estão se manifestando de forma ordeira, é uma situação muito distinta”, prosseguiu o governador das Minas Gerais, afirmando categoricamente que a matilha de golpistas que prega a derrubada de um governo constitucional e eleito pelo povo é um “grupo de manifestantes” e não uma malta criminosa.
Por posicionamento semelhante, o governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), foi afastado do cargo por suspeitas de colaborar com a inciativa dos terroristas que devastaram Brasília para tentar levar Bolsonaro de volta ao poder, com interferência das Forças Armadas. Da Revista Fórum.