Uma jovem de 25 anos está internada desde 17 de fevereiro em UTI de Anápolis, Goiás, onde trata um edema cerebral e corre risco de morre encefálica. A razão: ela cheirou um pote com molho de pimenta antes de começar a passar mal. De acordo com seu namorado Matheus Lopes de Oliveira, 27, que falou ao Uol, os médicos descobriram que, no momento em que Thaís Medeiros cheirou a pimenta, já apresentava sintomas de pneumonia e um quadro crônico de asma.
A jovem estava na casa do namorado, acompanhada dos sogros e da cunhada, quando se interessou pelo molho de pimenta-bode, aquela bem pequeninha e amarelada, conhecida por ser altamente picante. A noite marcava um encontro familiar, uma vez que apenas Matheus mora em Anápolis. Seus pais vivem na roça e recebiam a namorada Thaís, que mora na capital Goiânia.
Matheus contou que após o jantar foi jogar vídeo game e Thaís ficou conversando com seus pais. Ele acredita que a pimenta tenha sido trazida da roça. “Escutava eles conversando e notei quando começaram a falar sobre pimenta. Minha irmã diz que pegou um pote para sentir o cheiro e, de repente, a Thaís correu para o quarto para buscar a bombinha e os remédios. Minutos depois minha irmã apareceu na sala avisando que ela estava passando mal”, relatou.
Ele disse que encontrou a namorada pálida e com falta de ar. Namorado e sogra então levaram a jovem, de carro, ao Hospital Evangélico, que é particular. No caminho Thaís desmaiou. “Gelei. Ver o desespero dela para respirar foi a coisa mais horrível que já presenciei. Quando chegamos, levaram ela para o atendimento e fizeram um trabalho de reanimação que durou 8 minutos”, contou.
De acordo com os médicos, foi tempo suficiente para que ela desenvolvesse o edema cerebral durante a reanimação. Quando ficou constatado que Thaís precisaria permanecer internada por tempo indeterminado, o namorado a transferiu para um hospital público, pois não teria condições de arcar com os custos da internação.
A jovem está internada desde então sob forte sedação. Segundo o namorado, suas respostas a estímulos diminuem a cada dia. “No primeiro dia em que pude ir, ela me escutou chegar e virou levemente a cabeça para me ver. Eu segurei a mão dela e senti que ela apertou um pouco a minha. De repente começou a tremer muito e fiquei preocupado”, contou.
O edema de Thaís desinchou nos últimos dias mas ainda não se tem a dimensão exata de quais áreas do cérebro possam ter sido afetadas. “A gente não sabe se ela vai melhorar, mas não vou perder a fé. Ela é uma mulher carinhosa, amorosa e correu risco de morte encefálica. Estou muito abalado, me dá um nó na garganta”, concluiu.
O casal se conheceu há poucos meses, pela internet, e frequentemente se visita. Matheus montou uma vaquinha virtual para custear gastos futuros com a recuperação de Thaís. Redação da Revista Fórum.