O ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner, compõem o quarteto que orienta o presidente Lula (PT) em suas escolhas para tribunais federais e cortes superiores em Brasília – os outros dois que compõem o grupo de orientadores são os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Flávio Dino (Justiça). Segundo a Revista Veja, os quatro substituem as funções desempenhadas pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e o advogado Sigmaringa Seixas, mortos em 2014 e em 2018, respectivamente.
“A escolha dos quatro como interlocutores para as vagas a serem preenchidas no Judiciário”, prossegue a publicação, “tem potencial de provocar uma romaria de candidatos que não esperavam, por exemplo, ter de pedir a tradicional audiência de ‘beija-mão’ a um auxiliar, por exemplo, cuja função primordial é negociar a relação do governo com o Congresso Nacional”. No caso de Flávio Dino, os pedidos de audiência de candidatos são corriqueiros, informa a Veja.
A publicação ressalta ainda que o quarteto não tem a mesma ascendência sobre o presidente que a dupla Thomaz Bastos-Sigmaringa, mas aponta que a escolha de apenas um – Jaques Wagner – que tem longuíssima relação com o presidente é resultado do diagnóstico de que o presidente tem poucos companheiros históricos que hoje poderiam aconselhá-lo sobre temas estratégicos, como, por exemplo, o preenchimento de vagas no Supremo Tribunal Federal (STF).
Veja também pontuou que um dos candidatos à sucessão do ministro Ricardo Lewandowski na Corte ouviu de um auxiliar do presidente que o nome do advogado do petista, Cristiano Zanin, já teria sido escolhido. Serão também preenchidas outras duas vagas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e de outras três no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o tribunal de segunda instância mais poderoso do país. As informações são do Política Livre.