O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) ironizou a posição do diretório do PT de Salvador de antecipar o debate sobre o processo eleitoral de 2024 e anunciar que terá candidatura própria à prefeitura. O emedebista publicou nas redes sociais parte de uma matéria do site Política Livre que trata do assunto, e afirmou que os petistas deveriam lançar novamente o nome da Major Denice (PT), candidata derrotada pelo atual prefeito Bruno Reis (União) em 2020 no primeiro turno e que atualmente ocupa um cargo de confiança na Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
O diretório do PT da capital apresentou três nomes para 2024: o deputado estadual Robinson Almeida, a vereadora licenciada e atual presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella, e a militante Vilma Reis. “Vi que estão lançando vários nomes. Acho que deveriam apresentar também o de Major Denice, que teve um excelente desempenho em 2020, quando foi lançada sozinha. Achei uma injustiça”, disse Geddel ao site.
O emedebista considerou a discussão “inapropriada”. “Força a ideia de que o PT quer jogar sozinho, de forma hegemônica, expansiva, quando todos fazemos parte de um projeto. Esse não é o momento oportuno para se tomar uma posição como essa. O próprio governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem pregado cautela, afirmado que vai reunir o conselho político para tratar de 2024. O momento agora é de união em torno do novo governo que está apenas se iniciando”, declarou Geddel.
Ele defendeu que o grupo liderado por Jerônimo tenha como candidato à Prefeitura um nome que “agregue partidos e diversos segmentos da sociedade, capaz de ampliar o leque de alianças, que tenha boa pontuação em pesquisa de opinião e dialogue com a sociedade”. “Esse tipo de comportamento (do PT) desagrega”, emendou.
Geddel confirmou que o MDB tem interesse em apresentar o nome do vice-governador Geraldo Júnior como possível candidato a prefeito. “Mas temos tido cautela com isso, tanto internamente quanto externamente. Só vamos dar o start nisso quando o governador decidir. Geraldinho sabe que a missão dele é ser vice-governador, ajudar Jerônimo, que ainda não completou 100 dias de governo. A estratégia da base aliada agora tem que ser dar visibilidade às ações da gestão e enfrentar as críticas que porventura surjam”. A redação é do site Política Livre.