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#Polêmica: Afastado de suas funções, professor que apoiou ataque a creche em Santa Catarina será ouvido pela polícia

Creche em Santa Catarina foi atacada e quatro crianças morreram | FOTO: Luíza Morfim/Divulgação |

A Polícia Civil de Santa Catarina (PC-SC) instaurou um inquérito para apurar a conduta de um professor que apoiou o ataque à creche em Blumenau, ocorrido na última quarta-feira (5). A Justiça estadual acatou um pedido da polícia, e o professor foi afastado de suas funções e terá de usar tornozeleira eletrônica. Ele também está proibido de se aproximar dos alunos, segundo disse ao jornal O Globo o delegado Rafaello Ross.

O docente afirmou em sala de aula que “mataria uns 15, 20”, em referência ao ato criminoso praticado por um homem de 25 anos que invadiu a unidade de ensino e assassinou quatro crianças. O delegado-geral da PCSC, Ulisses Gabriel, informou ao O Globo que o professor é suspeito de apologia ao crime.

“Entrar com dois facões, um em cada mão e ‘pá’. Passar correndo e acertando”, disse o professor em vídeo gravado por alunos. O professor será intimado nesta segunda-feira a prestar depoimento. A PCSC também quer ouvir os relatos da direção escolar e de testemunhas.

“Em relação ao episódio envolvendo o professor da escola estadual Georg Keller, a Polícia Civil de Joinville instaurou procedimento para apurar os acontecimentos, em princípio relacionados ao delito de apologia ao crime e ao fato criminoso ocorrido em Blumenau, na última quarta-feira, envolvendo o ataque a creche escolar”, diz nota da Polícia Civil.

Após a divulgação das imagens, pais e alunos pediram a expulsão do profissional. A Secretaria de Estado de Educação de Santa Catarina informou que vai apurar a conduta do professor. Em nota, a Secretaria disse que “está tomando todas as medidas cabíveis” e fará a “verificação dos fatos para dar andamento ao processo”.

Uma jovem ouvida pelo portal NSC Total, aluna do primeiro ano do ensino médio, conta que a turma estava conversando sobre a tragédia em Blumenau, quando o professor entrou na conversa e afirmou que “mataria mais do que quatro pessoas, pois a população está muito grande”.

Ainda segundo essa jovem, o professor costuma fazer comentários preconceituosos e de ódio em diversas ocasiões. Ela diz que certa vez uma colega confessou estar triste durante uma aula, e o professor teria sugerido que ela retirasse a própria vida para “poupar oxigênio no mundo”.

“Ele diz que mulher não deve ter os mesmos direitos dos homens. Ele xinga nas aulas. Ninguém gosta das aulas dele, todos ficam desanimados. O que ele ensina é errado “, acrescenta a jovem, ao portal NSC Total. As informações são do jornal O Globo.

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