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#Brasil: Estudante que esfaqueou colegas planejou ataque por dois anos e diz que aprendeu a fazer bombas na internet

Na delegacia, ele afirmou que planejou o ataque por dois anos | FOTO: Reprodução/PMGO |

Autor do atentado que deixou dois colegas feridos no Colégio Estadual Doutor Marco Aurélio, em Santa Tereza de Goiás, nesta terça-feira (11), o estudante de 13 anos disse em depoimento à polícia que aprendeu a fabricar bombas caseiras por meio de vídeos na internet. Ele também afirmou que consumia vídeos com ataques a escolas nas redes sociais.

O adolescente, que foi apreendido após ser rendido por um funcionário de limpeza do colégio, carregava um aparato com machadinha, facas, bombas caseiras, estiletes e até algemas. No entanto, após ferir os colegas e a professora, que não correm risco de morte, ele foi rendido pelo funcionário da escola, que usou uma cadeira para conter o adolescente.

Na delegacia, ele afirmou que planejou o ataque por dois anos por ser alvo de bullying e pretendia fazer o máximo de vítimas possível. Ele segue apreendido no local. O ataque aconteceu pela manhã, na quarta ação do tipo em escolas em 15 dias. Um menino, uma menina e uma professora estão entre os feridos. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação diz que a menina já está em casa.

“O estudante de 13 anos feriu duas alunas com uma faca e foi contido por uma professora, que não ficou ferida. As alunas tiveram ferimentos leves, receberam atendimento médico e uma delas já está em casa. O aluno que promoveu o ataque não tem histórico de violência junto à comunidade escolar”, diz o texto. A secretaria ainda cita um protocolo adotado em 2019 para esses casos.

“Todos os sinais que possam sugerir uma ação criminosa em ambiente escolar são encaminhados às autoridades policiais. Os gestores da rede pública estadual de ensino estão orientados sobre como agir em casos de denúncia e de ações como a que ocorreu na unidade escolar em Santa Tereza, seguindo o Protocolo de Segurança Escolar, o que inclui o acionamento imediato do Conselho Tutelar da região, as famílias/responsáveis, a Polícia Militar e a Polícia Civil”.

Colégio Estadual Dr Marco Aurelio, em Santa Tereza de Goiás | FOTO: Reprodução/Facebook |

Segundo o texto, a segurança e o rastreamento de ações na web foram reforçados nas últimas semanas. “As forças policiais de Goiás, especialmente o Batalhão Escolar e a Delegacia de Crimes Cibernéticos, reforçaram nas últimas semanas o trabalho de monitoramento para prevenir atentados nas escolas em Goiás. Nesta segunda-feira [10], a Polícia Civil de Goiás cumpriu, em Bela Vista, mandado de busca e apreensão na casa de um menor de 14 anos, que incitava e fazia apologia a crimes de massacres em escolas”.

Após a ação, a Polícia Civil realizou nova operação cumprindo quatro mandados de busca e apreensão. “Nesta terça-feira [11] a Polícia Civil de Goiás, através da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Goiânia e Rio Quente, em virtude de ameaças feitas no ambiente virtual. Outro jovem com comportamento suspeito foi apreendido pela Polícia Civil em Rio Verde. Todos os casos estão tendo as investigações aprofundadas”.

“Todos os sinais que possam sugerir uma ação criminosa em ambiente escolar são encaminhados às autoridades policiais. Os gestores da rede pública estadual de ensino estão orientados sobre como agir em casos de denúncia e de ações como a que ocorreu na unidade escolar em Santa Tereza“. As informações são da Revista Fórum.

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