Sua trajetória artística que já atinge 18 anos em atividade, segue em ebulição numa mistura entre ritmos latinos e brasileiros com flerte no indie e uma boa pitada de dendê. Uma receita única de autenticidade presente em 2 discos e 3 singles já lançados, sendo eles: Ep MiMiMi (2015), Primavera (2017), A chave feat. Pedro Pondé (2020), Alerta (2020) que foi lançada com videoclipe, disco Laiô (2022) e agora seu 4º single, Já chego (2023).
Depois do lançamento de seu álbum homônimo em setembro de 2022 a artista segue evidenciando estas influências em seu novo single ‘Já chego’, que é um afrobeat dançante e tem o amor entre duas mulheres pretas como inspiração da composição. A track chegou em todas as plataformas digitais no dia 21 de abril com a estreia conjunta do vídeo clipe em seu canal do YouTube .
Laiô divide a produção musical deste single com Lukas Horus, artista e produtor musical também da cidade de Ilhéus que esteve com a cantora na montagem do seu último álbum. Quem assina o trabalho audiovisual deste single é André Medina. Fotógrafo, artista e produtor cultural de Teixeira de Freitas que tem estabelecido parceria com Laiô desde 2020 com o lançamento do videoclipe “Alerta”.
Medina, também foi o responsável pela identidade audiovisual do último álbum da cantora e compositora sul-baiana. Para ambos, a parceria de sucesso se dá na perspectiva de que empoderar pessoas pretas através dos processos artísticos é dar a estes corpos mais autonomia e protagonismo impulsionando a construção de uma sociedade mais justa e representativa.
Laiô que sempre traz em suas letras um posicionamento crítico e social diante do que lhe atravessa, relata em “Já chego” o amor, a saudade e o desejo existente numa relação entre duas mulheres pretas. Em um país que registrou morte de pessoas LGBTQIAP+ a cada 34 horas em 2022, segundo dados coletados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) , ressaltar o amor entre duas mulheres é um ato político e também uma manifestação de resistência e repúdio a LGBTQIAP+Fobia.
“A aceitação do amor como cura ancestral e a liberdade de amar em diversidade faz parte da descolonização deste sentimento que durante muito tempo foi negado a nossos corpos, por isso quis trazer esse recorte para o videoclipe. É um afrobeat com balanço, letra leve, que fala de amor, saudade e desejo. É pra dançar, se divertir, mas, sobretudo para ressaltar que o amor também é pra nós e que amar uma mulher, já é por si só, um ato político poderoso”, afirma a cantora e compositora baiana;