O cultivo de cafeeiro robusta/conillon está se mostrando viável na região da Chapada Diamantina. Mesmo com a região sendo indicada para o cultivo de café arábica, a falta de chuvas no período de florescimento e frutificação tem dificultado a produção. O cafeeiro robusta/conillon se destaca por ser mais resistente a estresses hídricos, o que o torna uma alternativa adequada para a região chapadeiraa.
Um trabalho de adaptação de lavouras de café robusta/conillon está sendo realizado no município de Bonito, na Fda Rio do Barro, a 900 m de altitude. Já foram plantados dois lotes de cafeeiros conillon, com cerca de 1 ha cada. Os resultados obtidos na safra inicial mostraram frutificação normal, produtividades boas e as plantas se mantiveram bem vigorosas, sem sentir os déficits hídricos da região. Porém, uma infestação de cochonilha de frutos (Planococcus minor) foi observada recentemente, o que não era esperado, já que não há plantas de café robusta na região.
Para continuar o trabalho, será necessário selecionar as melhores plantas da lavoura para preparo de mudas clonais e adotar o espaçamento de 0,7 m na linha e condução de apenas dois hastes por planta. Também será indicado localizar as lavouras em áreas mais protegidas e, se necessário, instalar quebra-ventos temporários.
Com base nos resultados obtidos e nas verificações em campo, é possível concluir que o cultivo de café robusta/conillon na Chapada Diamantina é viável e pode ser uma alternativa para a produção de café na região. Ainda assim, será necessário continuar o trabalho de adaptação e seleção de plantas para melhorar a produção e evitar problemas com pragas. Com base no site Centro Comércio de Café do estado de Minas Gerais.