Uma parceria entre Instituições de Educação Superior, governos municipais, do Estado e Federal, organizações da sociedade civil e empresariais, está se formando para tornar realidade um grande sonho do setor socioambiental: a criação de um Centro de Educação Socioambiental na Bahia.
A proposta, que partiu do Ministério do Meio Ambiente (MMA), é de arquitetar um espaço formativo com potencial para fortalecer o controle social das questões de gestão socioambiental, promovendo uma Rede de Centros de Educação Socioambiental em toda Bahia e em todos os Países de Língua Portuguesa. A ideia segue em fase de concepção e planejamento participativo, a partir de diálogo aberto aos diversos interessados na proposta.
Visando discutir diversos aspectos que constituem a concepção do que seria o novo Centro, como local, recursos, responsabilidade, inclusão social e outras questões, estão sendo promovidos encontros com espaço de diálogo aberto para todos os interessados, visando ampliar as contribuições.
Representando o departamento de Educação Ambiental do MMA, Marcos Sorrentino explica que a Bahia está sendo pioneira nesse projeto por ser reconhecida como um terreno fértil.
“A política de Centros de Educação Socioambiental é formulada para termos centros em todas as unidades federativas do Brasil. A Bahia está sendo a primeira iniciativa nessa direção, em função de um acúmulo histórico que esse estado já tem, de iniciativas de educação ambiental e de perspectiva territorial – os territórios de identidade são uma importante estratégia que os governos da Bahia vem adotando já há muitos anos. Nossa expectativa é de chegar na totalidade dos 417 municípios baianos. Então nós temos esse exemplo de um estado que constitui um centro de educação socioambiental com a perspectiva de ser um centro descentralizado, um centro que descentraliza o fazer educador socioambientalista”, explica Sorrentino.
Marcos explica ainda que os últimos meses têm sido dedicados a esse diálogo para “convergir todas as demandas, de todas as potencialidades desses diversos atores sociais para termos um centro que responda à totalidade de expectativas e necessidades que a sociedade baiana expressa nesse campo da educação relacionada ao meio ambiente”.
O governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) vem participando dos diálogos e fazendo a interlocução do MMA com representantes do setor socioambiental por meio da CIEA (Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental). Alguns encontros de Pesquisa em Educação Ambiental já foram realizados com a participação de prefeituras municipais, associações e movimentos sociais.
Segundo Tiago Porto, superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da SEMA, “a criação do Centro de Educação Socioambiental potencializa as muitas iniciativas educadoras já existentes na Bahia e pode ser um braço executivo dos espaços já existentes e muito ativos de discussão e planejamento da Educação Ambiental no Estado, como a CIEA e a Rede de Educação Ambiental da Bahia (Reaba)”.
Para Zana Matos, o Centro de Educação Socioambiental “seria uma referência para nos qualificarmos, pra quem é de Movimento Social potenciar sua luta, quem é da instituição pública qualificar o seu trabalho. Então, o que nos une no Centro é ter a educação ambiental como eixo estruturante, ter processos formativos e educadores que qualifiquem a gestão ambiental, seja ela na sociedade civil ou no poder público estadual e municipal”, afirma ela que participa dos diálogos representando a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS/BA).
Reunião
A primeira reunião de apresentação da proposta aconteceu no dia 24 de março, no Seminário organizado pelo grupo de pesquisa História da Cultura Corporal, Educação, e Esporte, Lazer e Sociedade – Hcel/Faced/UFBA, com o apoio da Sema-BA e do Departamento de Educação Ambiental do MMA-MC. Participaram do encontro representantes da CIEA-BA, da Reaba – Rede de Educação Ambiental da Bahia, do recurso Educacionais Abertos do Instituto Assistencial do Estado da Bahia – REA-IESBA e diversas outras organizações sociais.
O encontro realizado nesta terça-feira (09), teve o objetivo de avançar na discussão dos diversos aspectos que constituem a concepção do que seria o novo Centro, como local, recursos, responsabilidade, inclusão social e outras questões.
As reuniões são espaços de diálogo aberto para todos os interessados, visando ampliar as contribuições. Estão previstos outros encontros para discussão. As informações são de assessoria.