O chemsex, também conhecido como sexo químico, é uma prática que envolve a realização de relações sexuais sob o efeito de drogas que afetam o sistema nervoso central. Substâncias como cocaína, ecstasy líquido (GHB ou GBL), LSD, maconha e metanfetamina são comumente utilizadas nesse contexto.
As pessoas que praticam o chemsex são atraídas pelos efeitos que as drogas proporcionam durante o ato sexual. A duração prolongada das relações, o aumento da libido e a maior disposição para a realização de fetiches intensos estão entre os motivos que levam os praticantes a experimentarem essas drogas psicoativas durante o sexo. No entanto, é importante destacar que o GHB, conhecido como “droga do estupro”, tem sido utilizado em casos de golpes financeiros e abusos sexuais em festas e confraternizações no Rio de Janeiro e São Paulo.
Embora o prazer possa ser potencializado, os riscos à saúde também aumentam significativamente. A transmissão de HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) pode ocorrer com maior facilidade, pois o organismo fica mais vulnerável e a percepção dos praticantes é comprometida devido aos efeitos das drogas, o que pode interferir no uso correto de preservativos e outros métodos contraceptivos.
Além disso, existem perigos relacionados ao uso contínuo do chemsex, como o risco de dependência química e a procedência duvidosa das drogas, uma vez que a maioria delas não é legalizada no Brasil e não passa por processos de redução de danos. Outra consequência preocupante é a impotência sexual, quando a pessoa se torna incapaz de ter relações sem o estímulo dessas substâncias.
Para que o chemsex ocorra de maneira mais segura, é fundamental que as pessoas estejam devidamente informadas sobre as substâncias que serão utilizadas e estejam sóbrias no momento em que concordarem em participar. É necessário ter cuidado para que as alterações no organismo não afetem negativamente a relação sexual, portanto, o consumo excessivo e a mistura de diferentes drogas não são recomendados. Além disso, o ambiente deve ser adequado e seguro, a fim de evitar complicações indesejadas.
É importante destacar que cada droga possui efeitos específicos durante o ato sexual. A cocaína, por exemplo, pode proporcionar excitação e aumento da autoestima, enquanto o ecstasy líquido estimula a excitação e o aumento da libido. Já a maconha tende a promover relaxamento e aumento da libido, o LSD estimula a interação social e o relaxamento, e a metanfetamina provoca excitação, aumento da libido e da autoestima.
É fundamental que as pessoas estejam cientes dos riscos envolvidos na prática do chemsex e busquem informações e apoio adequados. As informações são da Revista Fórum.