O Brasil tem mais cabeças de gado do que população. Como mostrou o Censo 2022, o país tem 203.062.512 de habitantes, enquanto o rebanho bovino é de 224.602.112, segundo dados compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, agora oficializados, permitem analisar algumas curiosidades sobre o país. A pecuária, por ser uma atividade geralmente mais distante de grandes centros urbanos, leva a curioso fato de alguns estados terem quase dez vezes mais cabeças de gado que pessoas.
Rondônia tem a maior diferença entre pessoas e gado, com uma população de 1.581.016 e um rebanho bovino de 15.110.301, uma relação de quase 9,5 vezes. O Mato Grosso vem logo em seguida, com 2.756.700 pessoas vivendo no estado, e um total de 18.608.503 cabeças de gado. Entre as cidades, a que registra o maior número de animais é São Félix do Xingu, no Pará, com 2,5 milhões de cabeças, e uma população de 65.418 habitantes.
O que é o Censo?
O Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE a cada dez anos para fazer uma ampla coleta de dados em todos os municípios brasileiros. Ele tem como objetivo calcular os habitantes do território nacional, identificar suas características e revelar como vivem os brasileiros.
A coleta acontece por meio de uma pesquisa quantitativa dividida em dois questionários. O questionário básico inclui 26 perguntas sobre a quantidade de pessoas que moram no domicílio, características do morador, renda mensal, identificação étnico-racial e grau de escolaridade. A existência de abastecimento de água, saneamento básico, energia elétrica também são questionadas pelo recenseador.
O outro questionário tem 77 perguntas e mergulha no perfil do morador. As perguntas vão desde a quantidade de computadores com acesso à internet até qual é o tempo de deslocamento da pessoa da casa ao trabalho.
O último Censo, realizado em 2010, contou com 191 mil recenseadores e contabilizou 190,7 milhões de pessoas morando em 5.565 municípios brasileiros. A coleta de dados durou quatro meses e indicou um aumento da concentração da população urbana de 81% em 2000 para 84% dez anos depois. As informações são do site Exame.