Um empresário com atuação no estado do Pará foi preso nesta quinta-feira (6) durante uma operação da Polícia Federal contra supostos financiadores de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília. Ricardo Guimarães de Queiroz foi alvo de mandado de busca e apreensão em sua residência em Marabá, sudeste do Pará, onde a polícia flagrou armas sem documentação de posse, o que motivou a prisão em flagrante.
O investigado já foi vice-prefeito de Itupiranga, na mesma região, e atualmente é presidente do Sindicato Rural do município. O advogado dele nega envolvimento dele nos atos – veja nota mais abaixo. Ricardo também responde a um inquérito em Marabá relacionado a bloqueio de rodovias na região.
Na residência do empresário, em Marabá, foram encontrados um revólver e uma pistola e segundo a PF, ele foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo. Após ser levado para a delegacia, prestou depoimento e foi liberado.
A operação Embarque Negado da Polícia Federal cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Marabá (PA), um em Água Boa (MT) e quatro no Distrito Federal. Os suspeitos de envolvimento são investigados pelos crimes de atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo, crime de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública e associação criminosa – todos previstos no código penal.
Investigado já foi vice-prefeito em cidade do Pará
Ricardo Guimarães de Queiroz, 61, é natural de Carmo do Paranaíba, em Minas Gerais, mas reside há mais de 20 anos no Pará. Conhecido como pecuarista na região sudeste do estado, já foi reconhecido como dono de uma das maiores criações de gados de Itupiranga, além de ter outros negócios em Marabá.
Ricardo Guimarães já foi vice-presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá e presidente de honra do Sindicato dos Produtores Rurais de Itupiranga, além de ter exercido o cargo de vice-prefeito de Itupiranga no mandato 2016-2020 pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB), somando à chapa de José Milesi.
Na época da eleição, em 2016, Guimarães declarou bens avaliados em R$ 591.461,12, entre eles, duas fazendas em Itupiranga, além de terrenos urbanos na cidade e em Marabá, veículos e quotas em empresas. O advogado do empresário, Antônio Quaresma, disse que Ricardo não participou do atentado no aeroporto de Brasília ou financiando.
“Ficou claramente verificado a não participação do Ricardo dentro dos eventos, até porque a participação dele no movimento foi manifestação pacífica realizada no quartel geral em Brasília e em outros períodos. Neste período exatamente, ele se quer se encontrava em Brasília e não houve nada de financiamento, participação financeira, nada disso. […] Temos certeza absoluta que ao final será esclarecido”, disse. As informações são do g1/Pará.