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#Mundo: Vírus tem dizimado população de gatos de país europeu

Chipre é conhecido como "Ilha dos Gatos" | FOTO: Reprodução |

Chipre é uma nação insular europeia localizada no Mar Mediterrâneo. Com uma população de aproximadamente 1,2 milhão de pessoas, o país é um estado-membro da União Europeia e, há décadas, vive um conflito territorial com a Turquia, que ocupa o norte da ilha e busca o reconhecimento da região como um estado soberano.

Para além das questões geopolíticas, o Chipre é conhecido pela sua superpopulação de felinos domésticos, que passa de um milhão. Lá foram encontradas as evidências mais antigas da relação humana com os gatos. Contudo, a mutação de um vírus tem ameaçado a vida desses animais e já matou centenas de milhares deles.

“Ilha dos gatos mortos”
A doença que vem dizimando os gatinhos é a peritonite infecciosa felina (PIF). Ela é transmitida por uma mutação do coronavírus intestinal que não afeta humanos. Contudo, entre felinos, ela é altamente contagiosa.

Segundo o presidente da Cats PAWS Cyprus e vice-presidente da Cyprus voice for Animals (CVA), Dinos Ayiomamitis, pelo menos 300 mil gatos morreram da doença desde janeiro. Os sintomas que o vírus apresenta são febre, inchaço no abdômen, fraqueza e às vezes agressividade.

Para combater a epidemia podem ser usados dois medicamentos: o molnupiravir, antiviral aprovado para o coronavírus humano na Índia, e um antiviral veterinário aprovado na Inglaterra, chamado “GS-441524”. Somente a importação desse segundo foi autorizada ao Chipre. O preço do tratamento pode alcançar 7 mil euros por animal, cerca de R$ 37,6 mil.

O vice-presidente da associação de veterinários cipriotas, Demetris Epaminondas, diz que a falta de estudos sobre a doença também dificulta o diagnóstico e a confirmação de dados. Ele pede há semanas que o governo autorize o molnupiravir, que pode reduzir o tratamento ao valor de 200 euros, cerca de R$ 1.070.

A situação levou algumas pessoas a recorrerem ao comércio ilegal. “Compramos nossos remédios no mercado clandestino na Internet, ou em grupos de Facebook”, contou um cipriota anônimo à AFP. As informações são ds Revista Fórum.

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