Em 30 de novembro de 2021, Bolsonaro confirmou sua filiação ao PL, meses antes de confirmar sua candidatura para a reeleição à presidência. O Partido Liberal, de Valdemar Costa Neto, ganharia, naturalmente, deputados aliados, oriundos do bolsonarismo, e poderia ganhar mais filiados.
Mas não foi isso que aconteceu. Segundo a coluna de Guilherme Amado, a legenda que abriga deputados de extrema direita como Nikolas Ferreira, Carla Zambelli e Carolina de Toni, além de Bolsonaro e sua esposa, Michelle, só tem perdido filiados ao longo dos últimos anos.
Em 2020, o PL contava com 771.058 filiados. Dois anos depois, o partido tinha 754.316. Mais de 16 mil pessoas abandonaram o partido entre 2020 e as eleições de 2022.
Obviamente, o PL não sai derrotado de 2020: o partido elegeu uma das maiores bancadas da história do Congresso Nacional e conquistou uma boa parcela do fundo partidário.
Contudo, é difícil entender o quanto a população está disposta a comprar a ideia do 22 como partido verdadeiro do bolsonarismo.
A principal missão do partido, a partir de agora, é usar Michelle Bolsonaro e seu marido, Jair, como cabos eleitorais para a campanha de 2024, articulando aliados nas prefeituras ao redor do país.
Segundo dados do TSE, o PT segue sendo um dos maiores partidos do Brasil, com 1,6 milhões de filiados. Desde as eleições, mais de 4 mil pessoas ingressaram no partido de Lula. Entre 2022 e 2023, o PL viu um aumento de 6 mil filiados a nível nacional.
O partido que mais perdeu filiados foi o MDB, maior sigla do país, com mais de 27 mil desfiliações desde o período eleitoral. Logo depois, o PTB perdeu 16 mil, o PDT perdeu 15 mil, o PP perdeu 14 mil e o PSDB perdeu 13 mil.
Desde então, além de PT e PL, somente Republicanos, Solidariedade, PSOL, Agir, Rede e Unidade Popular (UP) cresceram em filiados. As informações são da Revista Fórum.