O homem apontado como o autor do disparo que matou o soldado da polícia militar Patrick Bastos Reis foi orientado por um advogado a gravar o vídeo em que pede ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o “fim da matança” no Guarujá, no litoral do estado, antes de se entregar. Erickson David da Silva, de 28 anos, foi preso na noite desse domingo (30).
A polícia trabalha para identificar quem seria o autor da gravação com instruções ao suspeito. “Antes de se entregar, faz um vídeo mostrando só o rosto, cita o [Guilherme] Derrite, secretário de Segurança Pública do estado, cita também o governador do estado, Tarcísio Freitas, para acabar com o massacre no Guarujá, que o que está acontecendo é covardia”, diz o homem na gravação.
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“Fala que você está se entregando de coração, para que acabe todo esse massacre que está acontecendo no Guarujá, essa covardia com pai de família dentro de comunidade. E que então, para acabar, ele está se entregando. […] Cita o nome do governador Tarcísio e vai para cima. Filma o rosto dele e dispara esse vídeo aí”, completa.
“Vou me entregar, não tenho nada a ver”
No vídeo que divulgou antes de se entregar, Erickson disse ser inocente e que estaria se entregando para que a Polícia Militar parasse de matar inocentes.
“Meu nome é Erickson David, o ‘Deivinho’. Eu quero falar para o Tarcísio e para o Derrite parar de fazer a matança aí. [Estão] matando uma ‘pá’ de gente aí, inocentes. [Estão] querendo pegar minha família. Eu não tenho nada a ver. É o seguinte, vou me entregar, eu não tenho nada a ver.”
De acordo com os registros policiais, Erickson, conhecido como Deivinho, era morador da Vila Baiana, que fica a pouco mais de três quilômetros da comunidade de Vila Zilda, onde o PM Patrick Bastos Reis, 30 anos, foi morto.
Atingido no tórax, ele não resistiu. Já o cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya, de 39 anos, foi ferido na mão. Os tiros foram disparados a até 70 metros de distância, segundo a SSP.
“Importante dizer que foi um projétil disparado por 50 e até 70 metros de distância. Disparado por um projétil calibre 9 mm. Provavelmente o mesmo disparo que acertou um policial. Entrou no ombro do soldado Reis e levou a óbito”, afirmou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. As informações são do site Metrópoles.